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Ciclistas pregam 'bicicleta fantasma' em poste contra mortes no trânsito

Em protesto contra o alto número de ciclistas mortos em acidentes de trânsito, um grupo pregou a primeira "bicicleta fantasma" de São Paulo em um poste da Avenida Luiz Carlos Berrini. Além de colocar uma bicicleta velha toda pintada de branco no poste, os ciclistas também marcaram no chão o local onde um homem de 30 anos morreu, ao ser atropelado por um ônibus enquanto pedalava na via, em 15 de agosto de 2006. No exterior, onde este tipo de protesto é bastante comum, as bicicletas pregadas nos postes são conhecidas como "ghost bikes" ("bicicletas fantasmas" em inglês).

"A idéia é alertar a população sobre o que está acontecendo. Em 2006, morreram 84 ciclistas na cidade", diz André Pasqualini, que, além de participar do protesto, organizou dados da CET em um mapa na internet para apontar onde aconteceram as mortes de ciclistas na cidade

:: Ciclistas mortos

A primeira "bicicleta fantasma" da cidade foi instalada durante a última bicicletada, passeio que reúne simpatizantes em protestos por mais espaço entre os carros. "Escolhemos um ponto em uma avenida com movimento razoavelmente grande e colocamos essa bicicleta para simbolizar. A idéia é ir espalhando isso pela cidade. Faremos mais vezes", promete o ciclista.

O mapeamento, segundo Pasqualini, ajuda a entender onde e como acontecem as mortes de ciclistas na capital. "A maioria foi em acidentes envolvendo ônibus e em regiões periféricas. Os carros não andam tão rápido no Centro expandido da capital", relata. Em 2007, até julho, 47 mortes de ciclistas haviam sido registradas na cidade.

Além de pendurar bicicletas brancas nos postes da capital, os participantes das bicicletadas também são responsáveis pela pintura de bicicletas brancas em trechos do asfalto nas principais avenidas da capital.

:: Dados oficiais

De acordo com relatório da Gerência de Segurança no Trânsito da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), dos 84 ciclistas mortos no trânsito em 2006, 28 foram atingidos por ônibus. A maioria dos acidentes (54,8%) aconteceu em esquinas ou cruzamentos da cidade nas Zona Sul (36%) e na Zona Leste (32%).

Os ciclistas mortos no trânsito são na maioria homens solteiros, normalmente jovens. De acordo com os dados da CET, 95% dos mortos são homens, 74% são solteiros e 54% tem entre 18 e 44 anos.

De acordo com a assessoria da CET, a Prefeitura mantém um fórum de discussão sobre o uso das bicicletas na cidade. O Grupo Pró-Ciclista, coordenado pela Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, tem a participação da CET. Entre os seus objetivos, o Pró-Ciclista orienta políticas públicas e incentiva a criação de ciclovias e campanhas educativas para diminuir os problemas enfrentados pelos ciclistas no trânsito.

Fonte: Globo.com

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