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Cebo no Pedal #6 - O que (não) fazer antes de correr a CIMTB?

Confira os últimos passos e a participação do Cebo na etapa de São Paulo da Copa Internacional de MTB

Para o atleta amador, a vida profissional muitas vezes é um grande adversário da vida esportiva. Afinal, nem sempre é possível evitar compromissos de trabalho que podem prejudicar sua preparação ou seu desempenho. Mesmo tendo me preparado muito bem para a competição como você acompanhou no episódio 5 do Cebo no Pedal, cometi alguns erros de avaliação que comprometeram meu rendimento - por isso, preste atenção e aprenda com minhas falhas para não errar também. Mas antes disso, vamos ao cenário onde tudo aconteceu.

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Como foi a prova?

A prova foi realizada juntamente com o Festival Bike Brasil. Como o Pedal fez a cobertura da feira, minha ideia era aproveitar a ocasião para correr também, economizando tempo e deslocamentos. Infelizmente, não levei em consideração um fator fundamental: o desgaste físico imenso causado pelo trabalho de cobertura - ao todo, caminhei cerca de 20km nos três dias do evento.

No vídeo abaixo, você confere o que aconteceu antes e depois da largada da categoria Master da Copa Sense, competição que faz parte da Copa Internacional de MTB. Durante a prova é praticamente impossível realizar filmagens, até por um questão de regulamento da UCI, então confira o relato em texto logo abaixo do vídeo.



Copa Internacional de MTB 2018 #3 - São Paulo - Relato da Prova

A pista montada no Jardim Botânico para a CIMTB não tem subidas duras ou trechos muito técnicos. Apesar disso, o percurso castiga o atleta justamente por ser mais plano, exigindo que se pedale praticamente o tempo todo. A chuva que caiu no dia anterior complicou as coisas, deixando o terreno bem escorregadio. Apesar de não ser super-técnico, o percurso tinha algumas subidas bem inclinadas, onde era preciso descer embalado para subir bem do outro lado - preste bastante atenção nesta informação.

A demarcação do trajeto estava perfeita e, ao longo do percurso, a presença de diversos "stafes" da organização davam muita segurança para quem pedalava - isso durante a prova e até no reconhecimento.

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Alinhando

Como comentei no vídeo, o fato de não ter aquecido foi uma grande besteira de minha parte e realmente não tenho uma desculpa boa para isso - estava trabalhando e naquela situação o "Gustavo do Pedal" ficou à frente do "Cebo no Pedal". Apesar disso, sabia que boa parte dos atletas ali também não havia aquecido, então tentei mentalizar que a minha desvantagem seria mais pelo cansaço acumulado da cobertura da feira.

Parti para o bolsão de alinhamento quando faltavam uns 15 minutos para a largada. Por conta disso, tive tempo suficiente para conversar com o pessoal que estava à minha volta. Entre risadas e piadas, o nervosismo da largada foi bem diluído, ao menos até a música do Pulp Fiction anunciar a largada dos atletas da categoria que antecedia a Master - daquele momento em diante, as coisas ficaram bem mais silenciosas.

Alguns minutos depois, o som da corneta colocou o pelotão da Master em movimento, com os atletas ganhando velocidade rapidamente até a primeira curva. Sem ter muito para onde ir, contornei por fora para evitar qualquer confusão.

Depois da curva, entramos pela primeira vez na subida de cascalho que levou para a mata. Tentei girar as pernas o máximo possível, em um tentativa meio inútil de dar uma esquentada nos motores - algo que só veio a acontecer lá pela metade da segunda volta. Por isso, durante um bom tempo tive que me contentar com apertar os adversários nas descidas e sobrar nas subidas.

As armas que você tem

Cada ciclista tem pontos fortes e fracos, por isso tente usar suas armas para livrar a cara em situações pouco vantajosas - com isso em mente, tentei encontrar meu melhor rendimento apostando em duas características minhas, a constância e a boa velocidade nas descidas.

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Quem já andou no circuito de XCO montado no Jardim Botânico de São Paulo sabe que ultrapassar é bem complicado. Percebendo que as pernas realmente não ofereceriam nenhum tipo de explosividade, aproveite-me do espaço apertado para subir em uma velocidade confortável - apenas forte o suficiente para não ser ultrapassado por quem vinha atrás.

Rapidamente percebi que, pelo máximo que alguns atletas estivessem subindo mais do que eu, a desvantagem era revertida em vantagem nas descidas, algo que me deixou confortável. Outro detalhe que percebi é que muitos não estavam conseguindo encarar as subidas super inclinadas - principalmente pela falta de velocidade nas descidas.

Parte final

Já com o corpo respondendo melhor e com a pista mais decorada na cabeça, reuni tudo o que tinha de pernas e de estratégia no fim da prova para ganhar algumas posições. Durante boa parte da competição, um ciclista seguiu à minha frente, sempre abrindo nas subidas e perdendo nas descidas. Nesta tocada, ultrapassamos alguns atletas no final da segunda volta e no começo da terceira.

Pouco depois da primeira subida da última volta, percebi que meu adversário estava perdend rendimento. Por isso, ataquei este atleta antes de um trecho de descida e aproveitei para abrir vantagem. De quebra, coloquei ele entre e eu e um outro ciclista que vinha na minha cola por boa parte da prova - com isso, não só ganhei uma posição como evitei perder uma.

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Dai para frente, mantive o passo o mair forte que pude, ainda ultrapassando um atleta na mata antes do mergulho. Chegando perto do final do percurso e percebendo que não poderia mais perder nem ganhar posições, aproveitei a descida para descansar um pouco e fiz as últimas curvas sem forçar - preparando o fôlego para falar alguma coisa para a câmera que me aguardava pouco depois da linha de chegada.

Conclusão - Briga no fundão também é briga

Com organização impecável e altas doses de diversão, correr a etapa São Paulo da Copa Internacional de MTB foi uma experiência muito legal. Apesar de ter andado abaixo do desejado, me diverti demais correndo a prova e certamente recomendaria para amigos.

Mesmo tando andado lá no fundo do bloco, a verdade é que corrida é corrida e você vai brigar para chegar na frente do "outro cara" sempre. Fazer isso em um ambiente que oferece segurança e boa organização do momento da inscrição até a linha de chegada é sempre um ponto positivo.

Vamos com tudo para a próxima!

Link da prova no Strava do Cebo.

Abraços!

Gustavo "Cebo" Figueiredo - Strava

Parcerias

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Copa Internacional de MTB - Site Oficial
Seppia Geração de Conteúdo - Site Oficial
Copa Internacional de MTB - Site Oficial - Inscrições São Paulo
Sense Bike - Site Oficial
La Maglia uniformes - Site Oficial

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