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Brasil Cycle Fair 2014 - Shimano XTR Di2 ao vivo

Confira como funciona a mudança de marchas eletrônica

Durante a Brasil Cycle Fair 2014 tivemos a chance de testar uma bike equipada com o novo grupo XTR eletrônico de transmissão, montada em um rolo.

Já apresentamos o conjunto anteriormente com todos os detalhes oficiais divulgados, como pode ser visto aqui e até fizemos um artigo discutindo se é frescura. Porém, assim como aconteceu nos grupos eletrônicos de estrada, muito ainda é questionado sobre o funcionamento, como pode ser visto na ampla discussão no nosso fórum .

Como tivemos a chance de pedalar, resolvemos testar uma das preocupações que é a velocidade da troca de marchas. No vídeo abaixo, testamos duas situações: a mudança tradicional e uma mudança "automática". Ambas foram feitas usando APENAS o câmbio traseiro.

Veja o vídeo abaixo que testamos a mudança de velocidade

Vídeo filmado com a Shimano Sport Cam.

Mudança "automática"

O que estamos chamando de mudança automática é quando o piloto mantém apertada a alavanca de subida ou descida. Essa possibilidade não existe nos câmbio mecânicos, já que eles são capazes de passar no máximo 4 marchas de uma vez em sistemas de alavanca.

A velocidade que testamos não é muito rápida, porém, segundo a Shimano, pode ser configurada para mais lenta ou mais rápida. De qualquer forma, não vemos vantagens no uso dessa maneira de mudança de marchas.

Mudança manual

Foi nessa situação que nos surpreendemos. Como o sistema é eletrônico, não existe a possibilidade de

imagem
O XTR Di2 estava montado no rolo para quem quisesse testá-lo
apertar a alavanca mais fundo para passar 2, 3 ou até 4 marchas de uma vez e isso na teoria nos fazia questionar quanto a velocidade de mudança. Porém, como se pode ver no vídeo, testamos "na grosseria" apertar a alavanca muito rapidamente e ver se a mudança correspondia a altura. E correspondeu!

Não fizemos nenhuma comparação com o sistema manual, nem nenhum tipo de medição precisa, mas analisando o vídeo, pode-se notar que em levou em torno de 2 segundos para passar da marcha mais pesada para a mais leve INCLUINDO também a mudança nas coroas. O cassete é de 11 velocidades e 3 coroas, o que significa 10 mudanças de marcha no câmbio traseiro e 2 no câmbio dianteiro, usando apenas uma alavanca. Testamos diversas vezes para ver se a corrente poderia cair ou engasgar e tudo correu muito bem.

Mais alguns detalhes

Existem diversas configurações ainda no sistema. Toda essa mudança pode ser influenciada pelo uso do câmbio dianteiro simultaneamente. Quando a marcha vai "automaticamente" da mais leve para a mais pesada, dá pra notar que o sistema dá dois intervalos um pouco mais longos, isso parece acontecer para esperar a mudança da corrente para a a próxima coroa. Isso pode ser configurado para não ser automatizado, ou seja, o câmbio traseiro e dianteiro ficarem independentes. Isso deixaria a mudança ainda mais rápida, mas com o efeito indesejado de se usar marchas não recomendadas. Com a prática do uso do câmbio dianteiro (como sempre aconteceu no grupo mecânico), essa velocidade de mudança também pode melhorar. Também ficará mais rápida a mudança em sistemas de duas coroas e obviamente de apenas uma coroa.

Nossa conclusão

É claro que esse é apenas um pequeno teste controlado. É preciso andar com o XTR em situações extremas, com a corrente balançando, em trilhas técnicas, com lama, chuva e por muito mais tempo. Mas de qualquer forma é muito bom saber que o sistema é muito preciso, rápido e oferece flexibilidade de uso com um ou dois passadores e em diferentes configurações.


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