MENU

Bicicletas elétricas terão motor apenas como auxílio

Para diferenciar de vez as bicicletas elétricas dos ciclomotores, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) publicou no Diário Oficial da União a resolução 465, que estabelece novas regras esses veículos. Com o conjunto de normas, as bikes elétricas se equiparam às convencionais, o que permite seu tráfego em ciclovias e ciclofaixas.

Os principais requisitos são potência máxima 350 watts, dispositivo de controle de velocidade que reduza a alimentação elétrica do motor até cortá-la totalmente quando a velocidade atingir 25 km/h; sensor de esforço, para que a alimentação do motor seja cortada quando o ciclista deixar de pedalar; acionamento e funcionamento do motor auxiliar somente durante o ato de pedalar, ou seja, sem acelerador.

Há pouco mais de um ano, uma comissão formada pelo Metrô de São Paulo, pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), órgãos de trânsito, entidades interessadas na difusão do uso das bicicletas e também pela Abraciclo, entidade que reúne fabricantes do setor, levou ao Contran uma proposta de bicicleta elétrica muito próxima a esse modelo final.

“A regulamentação abre um novo nicho de mercado em transporte. Há fábricas com projetos na gaveta, que esperavam a publicação dessa resolução”, diz o diretor da Abraciclo, José Eduardo Gonçalves. A única diferença significativa da proposta levada ao Contran foi a potência, sugerida no fim de 2012 em 250 watts, com base na norma europeia.

“Com 350 watts ela será melhor em subidas, mas a velocidade máxima se mantém em 25 km/h”, recorda Gonçalves, que não soube estimar o preço inicial dessas bicicletas. Associada à Abraciclo, a Dafra monta em Manaus três tipos de bicicleta elétrica que se enquadram na nova resolução 465, com preços entre R$ 1.590 e R$ 2.990. Segundo a empresa, seus modelos anteriores, que não se encaixam no novo conjunto de regras, poderão ser convertidos por um kit de R$ 19.

Mercado terá de se adaptar

Em regra, os produtos desse tipo à venda no Brasil são importados e diferem do modelo regulamentado. Numa loja de artigos esportivos de Moema, as sete bicicletas elétricas à venda podem ser movidas sem o uso dos pedais, ou seja, seus motores as mantêm em movimento sem que o ciclista pedale. Isso em tese as enquadra como ciclomotores, que exigiriam carteira de habilitação na categoria A do condutor. Também teriam de ser lacradas, mas nenhuma delas tinha espaço suporte para placa. Segundo um dos fabricantes, o mercado mundial de bicicletas elétricas em 2010 já era de 30 milhões de unidades anuais. A nova regulamentação deve ter reflexos positivos já em 2014, especialmente pela chegada de produtos.

Fonte: Automotive Business


Relacionados

Comentários

Outras notícias

Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência no site. Ao continuar navegando você concorda com a nossa política de privacidade.