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Bardet defende fim dos rádios em competição

Francês ainda defendeu uma redução ainda maior no tamanho das equipes para dificultar a vida da Sky

No mundo do ciclismo de estrada, os maiores culpados pela previsibilidade das provas parecem ter nome e sobrenome - ao menos para uma parcela dos ciclistas do pelotão. Sempre que se fala na falta de competitividade, fatalmente o assunto cai na Sky e seu grande orçamento, nos medidores de potência e nos rádios utilizados pelas equipes para manter seus atletas informados durante a prova.

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     ASO / Divulgação

Recentemente, Alberto Contador defendeu a proibição dos medidores de potência no bloco, alegando que eles limitam o show. Agora, foi a vez do francês Romain Bardet (AG2R) defender a proibição dos rádios com afirmações bem semelhantes as de Contador.

Segundo ele, a eliminação do rádio eleva o ciclista como atleta. "A verdadeira preocupação na cabeça de algumas pessoas é a previsibilidade, a noção que a Sky pode vencer o Tour com qualquer um de seus ciclistas. É nisso que os organizadores das provas devem pensar para criar cenários mais imprevisíveis", explicou o atleta durante uma entrevista no training camp da AG2R na última semana.

"Acho que um mundo sem rádios seria uma coisa muito boa. Isso faria o ciclistas mais responsável, elevando seus senso tático e a atenção na prova. Você teria que ficar mais alerta para a corrida e isso eleva o ciclista como atleta", afirmou.

Segundo ele, o rádio deixa o ciclista mais passivo, aguardando informações da equipe para atacar ou se defender. "Sem eles, você precisa ficar de olho nos adversários e não pode deixar um ciclista perigoso sair de sua vista. Deixaria a corrida mais intensa", explicou.

Há algum tempo, a ASO (organizadora do Tour) vem tentando reduzir o domínio da Sky diminuindo os quilômetros de contra-relógio da prova, mas as medidas parecem são serem abrangentes o suficiente. Além disso, o francês Christian Prudhomme, presidente da UCI, também já defendeu o banimento dos medidores de potência e reduziu o tamanho das equipes - medida que deveria ser ampliada de acordo com Bardet.

"Vamos reduzir novamente. Isso colocaria as equipes em dificuldade rapidamente. Se você for de oito para seis ciclistas, a velocidade não será a mesma ao longo de 180km. Acho que, no geral, o controle ficara mais complicado", finalizou. Bardet terminou no pódio do Tour atrás de Froome (Sky) em 2016 e 2017. Na temporada que passou, ele fechou a grande volta francesa em sexto lugar enquanto Geraint Thomas (Sky) ficou em primeiro, conquistando a amarela de forma inédita em sua carreira.


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