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SPEZI 2018 com pré-mochilão

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ninocoutinho Ver Drop Down
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Cadastrado em: 08 Jul 2010
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    Postado: 02 Mai 2018 as 07:20
Pra quem não conhece, a SPEZI é a feira de "bicicletas especiais" que acontece numa pequena cidade na alemanha, anualmente, no último fim de semana de abril, há mais de 20 anos. Pra essa feira vão os principais fabricantes europeus (pouquíssimos americanos, alguns chineses) de reclinadas, velomóveis, bicicletas cargueiras, dobráveis, além de fabricantes de peças e acessórios. Muitas das novidades e lançamentos dessas marcas são programados para serem estreados por lá. Ciclistas de toda a europa e do mundo peregrinam para a pequena Germersheim, nesta época, transformando o lugarejo na verdadeira MECA dos reclineiros!!!

Sabendo que em apenas dois dias de feira tudo seria, apesar de intenso, corrido, programei um roteiro anterior de nove dias pela holanda e dois na alemanha, além do sábado de domingo da feira, com intenção de fazer um tour pelas principais lojas - ou fabricantes - de reclinadas desses lugares e experimentar os modelos que mais me interessavam, ou me despertavam curiosidade. Nesses testes eu poderia pedalar por mais tempo - em geral rodei de 10 a 30km com cada bicicleta/triciclo - do que na feira (onde dificilmente vc fica mais de 5 minutos com uma bike) e trocar um ideia mais de perto com os lojistas, que podem dar um tipo de feedback que os fabricantes podem não ter ou não estar dispostos a revelar.

Claro que tb estava incluso no pacote viver de perto a cultura ciclística desses locais, a culinária, hábitos, visitar algumas das principais atrações, museus, e fazer umas comprinhas. Neste relato, pra não ficar mais longo do que com certeza ficará, vou me ater às experiências com reclinadas. No total experimentei 34 reclinadas - 14 antes da SPEZI e 20 na feira em si.

(OBS: quase todos os pequenos vídeos estão disponíveis em 1080p, mas às vezes tem que selecionar na 'catraquinha' de settings do youtube)

Amsterdam - LigfietsWinkel Amsterdam

Visitei a loja do Gerhard, que foi a pessoa com quem mais me identifiquei em toda a viagem. Ele é o típico "sonhador" - como eu - que espera um dia tirar todos os carros das ruas, colocar todo mundo pra andar de bicicleta, as crianças pra fora de casa, e converter os ciclistas para o reclinismo. Ele conta que viveu o auge do reclinismo em Amsterdam no início dos anos 2000, quando tinha uma loja no centro da cidade e chegou a vender num só ano coisa de 80 reclinadas. Há alguns anos vive o declínio da cultura reclineira na cidade - que ele diz não compreender - e mudou a loja pra uma área industrial a uns 15km da cidade onde só recebe os clientes com hora marcada, tem muitas bicicletas usadas à venda (muitas old school ou que nem existem mais, como a Zephyr e as Optima), além de triciclos e velomóveis (um WAW muito antigo, nada a ver com os de hoje, um Challenger e um Leitra), e representa os principais fabricantes. Ou seja, vc pode ir lá e experimentar as várias que ele tem no estoque, levar pra casa uma delas mesmo ou então encomendar uma novinha.


Fiz um rápido test ride num Ice Adventure 20 com assistência elétrica, depois rodei 30km na Flevobike GreenMachine e e terminei experimentando brevemente uma M5 Shockproof 451.




Curiosamente, esqueci meu passaporte na loja, e só percebi quando já estava chegando no museu van gogh, a uns 17km de lá. Liguei pra ele e ele foi de bike me entregar, após minha saída da exposição, em sua charmosa Rainbow Lyric. Aproveitamos e conversamos mais um bocado.


Dronten - Ligfiets Tempelman, Velomobiel.NL, Flevobike, ICB

Dronten é uma pequena cidade de 40 mil hab que tem a incrível façanha de abrigar três fabricantes de velomóveis (Velomobiel.nl, ICB e FlevoBike) e uma bela loja, onde fui primeiro e peguei um Ice Sprint RS 20 pra fazer pedalando as visitas aos fabricantes.



Na Velomobiel.nl conversei bastante com o Theo e o Allert, as "cabeças" da fábrica, sobre as opções de configuração de transmissão, sobre o uso de velomóveis em regiões quentes e montanhosas - a princípio, não recomendam, a não ser com assistência elétrica - e rodei num laranjíssimo Quest XS por uns 4km.




De lá fui à fábrica da FlevoBike onde o Andres me apresentou parte da produção (eles não fazem só o greenmachine, o orca e o armadillo, mas também produzem peças pra outros fabricantes, como a Giant), e ainda me guiou de Armadillo a um local para almoçar.

Por fim fui à ICB, muito bem recebido pelo Peter que me instruiu no DF, conversamos sobre questões de manutenção e também de uso dos velomóveis em diversas situações (ele é mais otimista que o theo e o allert, acha q pode perfeitamente ser bem usado, sem sofrimento, em clima quente e relevo acidentado) e me liberou pra pedalar 20km na estrada! 



Leiden - Maia Ligfiets

A loja da Maia em Leiden estava completando um ano de existência, e já cheguei nela comendo um bolo comemorativo. Passei o dia inteiro colhendo informações com o dono da loja, o Thys, que se mostrou excepcionalmente técnico, me deu detalhes sobre várias bicicletas/triciclos e sobre como é o relacionamento com vários fabricantes. Eles estocam Challenge, HPVelotechnik, Hase (tem praticamente toda a linha desses 3) Azub e Performer - talvez esteja esquecendo de algum. Também conversamos bastante sobre geometria. Rodei 30km com a Performer FWD, outros 30 com a HPVelotechnik Grasshopper e dei uma voltinha no quarteirão com uma Nazca Paseo.





Nijmegen - ELAN.cc

A Elan, além de uma grande loja/oficina de reclinadas, é atualmente o fabricante das Challenge e da Raptobike. Funciona num grande galpão junto com outras lojas de bike, o Dutch Bicycle Center, compartilhando o espaço, o café, os escritórios, a área de estoque e a oficina. Reservei dois dias pra esta experiência, o q foi ótimo, pois além de ter muitas opções pra pedalar, foi o ambiente mais movimentado e tentar dar conta de tudo num só dia ia ser complicado, considerando o "rush" em que ficam os funcionários pra poder atender todos. O dia inteiro chega gente com reclinadas pra oficina, ou pra ver bicicletas, e a loja tb vende componentes "comuns" de bicicleta pela internet e essa é outra solicitação constante pro pessoal - chegada de produtos, saída de encomendas, conferir pedidos no computador, telefone tocando o tempo todo. Bem corrido! No primeiro dia rodei 10km com a Raptobike Low, e 20km com a Challenge Hurricane. No segundo dia mandei 30km na Challenge Fujin e 20km na Challenge Chamsin.





Além das óbvias challenge e rapto, eles também estocam HPVelotechnik, Flevo, as dobráveis da Tern e tem um velomóvel DF (ICB) por lá. Entre as bikes que vi frequentarem a oficina enquanto estava lá, vi Challenge Hurricane, Challenge Seiran, Flevo GreenMachine, HPVelo StreetMachine e uma Raptobike Midracer, que estava sendo montada pra um camarada da Malásia que foi lá buscar e ir pedalando até a Alemanha, em Bonn, onde pegaria um voo de volta.


Köln - Lowrider.de e Veloladen

Visitei as duas lojas mas só na primeira, low-rider, pude conversar mais e de fato pedalar, rodando 20km com o HPVelotechnik Scorpion fs20. De todas as lojas que visitei, essa foi a primeira que de fato apresentava mais triciclos do que bicicletas. Nos EUA essa tendência é muito clara, com os trikes chegando a representar 90% das vendas de reclis. Na europa parece que não são todas as lojas que enxergaram essa tendência - ou, pelo menos no caso das lojas que visitei, talvez elas tenham mais bikes em estoque do que trikes simplesmente pq as bikes não estão vendendo tanto, então ficam acumuladas. Não sei, pq não perguntei sobre isso nesses lugares.





Na segunda loja, a veloladen, eu já estava um pouco exausto da pedalada q tinha feito até lá (cerca de 27km, com um pouco de trânsito pesado de Köln), o proprietário da loja falava pouquíssimo inglês e os modelos disponíveis eram um pouco repetidos em relação ao que já tinha experimentado. Valeu muito ver as instruções (realmente só ver, pq entender não entendia nada!) que uma cliente com um Kettwiesel com assistência elétrica (shimano steps) recebeu sobre a montagem do Klimax, a cobertura pra frio/chuva da Hase.


Apesar de ele não falar bem inglês, consegui puxar assunto sobre o fato de ele ter bem mais triciclos do que bicicletas. Ele tinha toda a linha da Hase, da HPVelo e quase toda da ICE. De bikes só tinha algumas Flux, e as óbvias StreetMachine e Grasshopper. Ele me explicou que tem essa loja há 23 anos e que, há 20 anos atrás, a maior parte de sua clientela era de jovens querendo pedalar super rápido, próximo ao chão e bem deitados. Hoje em dia, a maior parte dos seus clientes está na faixa de 50-60 anos, buscando uma pedalada mais relaxada - triciclos muito confortáveis - e não se importam em pagar super caro num trike com todos os adicionais imagináveis.

SPEZI 2018

AAAAHHHHH!!!! Como começar???

No trem indo pra lá a aventura já começou, entrando no vagão junto com reclineiros em seus veículos, ou disfarçados de pessoas normais! Também muitas pessoas de Brompton ou com bicicletas tradicionais de cicloturismo. Na chegada a Germersheim quem tava de bike/trike já saiu pedalando na plataforma mesmo, enquanto nós a pé fomos nos conhecendo e vendo cada vez mais reclineiros nos cerca de 2km até a feira.


O clima já estava instalado em todos! Ao redor da feira, bastante agito, vc já quer fotografar e filmar tudo mas evita, pq quer perder menos tempo e entrar logo. Uma bobagem pq uma das partes mais interessantes da feira é exatamente o lado de fora, mas só depois de passar um tempo lá dentro é que vc se dá conta disso. É lá fora que fica a maioria do pessoal que vai pra lá pedalando, de bike, trike ou velomóvel, e a troca de informações entre os ciclistas é maior. Muitos deles estão ali também para vender suas próprias bikes usadas, ou mesmo anunciar algo sem estar propriamente "pagando" por um estande.


Há três halls principais, sendo o terceiro bem menor, uma área de exposição externa, uma área de exposição de "invenções", uma pista de testes de elétricas (reclis, cargueiras, dobráveis), uma pista de testes de crianças e a pista de testes de reclinadas - ou, que seja, das bicicletas especiais (cargueiras, elliptigo, etc).

Na pista de testes de elétricas, pedalei um Kettwiesel com Shimano Steps, um HPVelo Gekko 20 com Shimano Steps e câmbio eletrônico com troca autómatica, e um Ice Sprint 26 com roda copenhague. Essa pista de testes é interessante pq tem subidas, descidas, curvas fechadas e curvas bem abertas. Vi gente tombando triciclo numa das curvas abertas - no caso, o próprio Gekko q experimentei logo em seguida.

Na pista de testes de "não-elétricos" pedalei Azub Origami, Azub T-Tris, Toxy ZR, Toxy LT, Toxy Flite, Zox 26 e Hase Kettwiesel. Nessa pista a adrenalina e a alegria correm soltas, pq cada comboio tem 25 minutos pra ficar rodando no circuito oval, e vai trocando de bike/trike à medida que anunciam num megafone. Esses 25 minutos passam como se fossem 5. Próximo à última volta começam a tocar uma musiquinha em estilo de "grito de guerra" de torcida de futebol, q não sei o q dizia pq obviamente era em alemão.



Outros testes possíveis, q são até mais interessantes que os da pista de testes, são os que vc faz pegando as bikes "emprestadas" nos fabricantes que estão em estandes externos. Aí vc consegue rodar na rua, no trânsito, sem a loucura do circuito oval. A princípio não tem um limite de tempo, mas o bom senso manda que vc gaste algo entre 5 e 10 minutos. Pedalei Nazca Fuego, Nazca Gaucho, Nazca Fiero, Wolf&Wolf, Kervelo, Flux S600, Catrike 700, uma fatbike de cicloturismo e um velomóvel WAW.







Por fim, próximo ao horário de encerramento do segundo e último dia, com os expositores já guardando seu material e a galera indo embora, o clima era de velório, ao menos pra mim. Dá aquela sensação de "o sonho acabou". Saí pra comer uma pizza e tomar uma cerveja e, ainda faltando bastante tempo pro meu trem, resolvi voltar pra área da feira, apenas pra usar o WiFi. No caminho, meus olhos foram enchendo d'água e felizmente encontrei com o Gerhard, meu anfitrião da primeira loja, e conversamos sobre tudo que vimos, contei sobre o resto da minha viagem após ter passado pela loja dele, e ele me acompanhou na caminhada até a estação - com direito a uma corridinha marota no final pra não perder o trem!

Sobre as bikes testadas, algo interessante é que na maioria dos casos a pedalada se comportou como esperada. Em alguns caso previ exatamente todo o comportamento. Claro que houve algumas surpresas positivas, e também algumas decepções. Abaixo, pequenas e despretensiosas impressões:

Flevobike Greenmachine: me surpreendeu pela absurda rigidez aliada a um máximo conforto. Essa corrente passando retinha por dentro do quadro retangular direto no rohloff é absurdamente eficiente, e muito menos ruidosa do que achei q fosse, pelos relatos. Também era excepcionalmente confortável, mas devo dizer que a montagem estava na config mais "top" pra isso: suspensão dianteira MEKS de carbono e um shock traseiro a ar/óleo (não sei q marca). E me deu impressão de extrema durabilidade e confiabilidade, certamente "A" reclinada mais durável que pode ser produzida.

M5 Shockproof 451: entendi o fascínio do Artur pela direção da M5. é bom demais, ergonômico e seguro. a bike tb se comporta de forma excelente em curvas. pena que não pedalei mais nela, q estava bem grande pra mim e com um dos freios meio zoados. queria bastante ter outra experiência com ela, mas não encontrei mais nenhuma pelo caminho.

Ice Sprint RS 20: meu triciclo preferido de todos. se, hoje em dia, estivesse entrando no mundo das reclinadas, teria bastante de dificuldade de decidir entre uma bike e um trike, especialmente pelo comportamento deste delicioso trike da ICE.

Performer FWD: mais dura e mais arisca do que eu esperava, infelizmente. o "arisca", na minha opinião, é bem no mau sentido mesmo. a bike é nitidamente mais curta do que deveria ser. qualquer freada mais brusca vc parece q vai voar da bicicleta, e curvas também não dão uma sensação de segurança. no entanto, a transmissão me pareceu muito bem resolvida, em termos de solução técnica pra corrente, e razoavelmente rígida. achei uma boa bike pra quem quer andar mais devagar, só que ela é uma bike com excelente potencial pra ser rapidinha e, rapidinha, assusta um pouco. e olha que sou acostumado com a metaphysic, q é tida como uma reclinada muito responsiva. com uns pneus bem largos, o mais largo que couber (q, pelo q medimos, não é muito: cabem uns 40mm no garfo dianteiro), a dureza da bike deve melhorar, e em termos de geometria tenho certeza que alguns cm a mais de entre-eixos já a deixaria menos arisca.

HPVelotechnik Grasshopper: acho realmente q é uma reclinada "padrão" de cicloturismo, e tb de andar na cidade. é uma das bicicletas que mais queria experimentar, e não me decepcionou. muito confortável e muito estável, dirigibilidade excelente. não preza por ser muito rápida. se ela tem um defeito, é o guidão largo demais - na versão hamster/esquilo/louva-deus. não vejo sentido algum. o banco body link achei muito bom, mas não tão boa a sua espuma.

Raptobike Low: essa fiquei um pouco decepcionado. estava curiosíssimo, e jurei que ia gostar mais. o único ponto positivo é q ela se mostrou mais confortável do q eu achei que fosse - com certeza pelo entre-eixos alongado. de resto, não gostei da solução da transmissão (a performer e a toxy foram bem melhor nesse quesito), não gostei da direção (devo ressaltar q já estava acostumado nesses dias a bicis com handling excelente), não gostei de como é difícil entrar numa bicicleta tão baixa aliada a um tiller fixo e tb não gostei de usá-la no trânsito. o tempo todo vc está num ponto cego - cego pra vc, mesmo! vi na prática esse problema, quase fiz cagada 3 vezes. vc chega a ficar escondido até mesmo atrás de pequenos arbustos.

Challenge Hurricane: é outra que queria demais experimentar e que se comportou exatamente como previa. ficou no "top 4" das bikes que testei. das reclinadas "baixas", pra mim tem o design ideal. não passa do ponto do baixo demais, do nível de prejudicar o uso nas ruas, e tb não alta a ponto de perder a pegada esportiva. achei-a eficiente pra subir. estava curioso com o banco de alumínio da challenge, e tb foi muito bom. o handling é, simplesmente, "perfeito".

Challenge Chamsin: não dá pra negar, gosto de rodas pequenas, mas as rodas grandes simplesmente fazem praticamente TUDO melhor: plano, descidas, curvas, e mesmo subidas, além de conforto em geral. achei-a bem rígida e muito ergonômica. não tem muita coisa pra melhorar ali, não. essa é uma bicicleta que eu não queria gostar pq, das de alumínio, ela é com certeza a substituta ideal pra minha Metaphysic - mas, por já ter a Meta, meu olho não cresce, e ela *ainda* não entra numa lista de desejos. de toda forma, fiquei o tempo todo querendo achar defeitos mas, pro tipo de ciclismo de estrada que eu faço, é o ideal, tlvz até 'mais ideal' q a Meta. detalhe importante é q o Hans me falou que está pra começar a produzí-la em carbono, querendo testar os protótipos no final do ano.

HPVelotechnik Scorpion fs 20: veículo mais confortável possível no mundo. apenas isso. andei até em trilhas, e experimentei a derrapada da traseira em subidas de cascalho (ocorreu bem cedo, viu? não era lá essa coisa tão inclinada... fica aí a dúvida). ainda prefiro o Ice, acho-o mais 'vivo'.

Azub Origami: se tivesse levado dinheiro pra uma bicicleta, tinha comprado essa na hora e trazido embora. estudo e namoro essa bicicleta há tanto tempo, e pedalar foi muito melhor. e olha que o comparativo é difícil, pq só pedalei umas bicicletas excepcionais... um dos chefões da azub me falou que estão planejando este ano mudar o mecanismo da dobradiça - ficando mais parecido com o dos triciclos - mas me deu um outro "nó" na cabeça, pq finalmente resolveram fazer a azub mini na versão dobrável tb. ainda sem prazo. vamos ver se realmente sai. como ele não foi o único que me falou, pode ser q seja verdade.

Flux S600: gamei. tinha uma certa frescura com o guidão open, mas ao menos nessa bicicleta faz todo o sentido. ajuda numas erguidas do tronco e não senti nadinha atrapalhar em curvas. o conforto da bike é grande, em curvas rápidas vc sente um excelente handling esportivo, sendo que em baixa velocidade tb é excepcional. tb está no "top 4".

Nazca Gaucho 26: a única coisa que tenho a dizer foi que gostaria de tê-la experimentado lado a lado com a challenge chamsin. isso pq a única tristeza minha em relação a chamsin é ela ser de alu, e não de aço como a gaucho. mas a gaucho acabou não me empolgando, não sei exatamente pq. é uma bike corretíssima, nada da nazca sai atrapalhado.

Nazca Fiero: oficialmente eles só fazem ela agora na versão XS (extra small), e foi a que rodei, e ainda estava com um banco concha tamanho P. mesmo assim, coube bem nela, mas me disseram que ainda podem fazer num tamanho mais médio. tb queria compará-la com a hurricane, de novo pq entre o aço da nazca e o alu das challenge, fico com o primeiro, mas o comparativo na mente estava distante. gostei demais, handling excelente, ótima em baixa velocidade, e bem gostosa quando mais rapidinha - até fiz um sprint pra buscar um velomóvel com ela! é outra das "top 4".

Wolf&Wolf: bike "de grife" pra cicloturismo. estavam em grande quantidade na feira, parece q foram pedalando num grande comboio. muito fácil de pedalar, o banco não tem ajuste nenhum mas diria que não precisa ter - está numa posição ótima para o que a bike propõe, absolutamente seguro, estável, ergonômico. só consigo imaginá-la exageradamente carregada, deve ficar muito boa. quase todas estavam com uns pneus muito largos, tipo Big Apple ou Big Ben, o q faz todo o sentido pro uso que as bikes demandam, e não tendo suspensão.

Kervelo: nas primeiras 3 pedaladas achei que não ia rolar, mas fui alternando entre pedalando e não pedalando, e ao final do teste já estava fazendo bem menos força com o braço. a posição das pernas mais pra baixo q vc pode pensar em ficar numa reclinada, e até que funciona. mas só dá pra avaliar enquanto performance depois q vc já consegue dominar um pouco. acho que é possível com alguns dias.

Catrike 700: estava bem curioso pela direção direta, já que todos os outros trikes que rodei tinham direção indireta. vou falar que não senti diferença nenhuma - os dois funcionam, não consigo eleger um melhor que o outro. o 700 é obviamente pra quem quer fazer uma pedalada mais "road" de trike, excelente pro que se propõe, banco e headrest bons, mas claro que é todo mais "duro" que os outros. tava com uns trocadores sram bem porretas. não consegui pedalar o ICE VTX, um dos veículos mais concorridos pra testar na spezi, mas o cara da catrike me jurou q o 700 é mais rígido e mais rápido. disse que já fez os testes rsrsrsrs.

WAW: rodei "por fora" o waw particular do proprietário da Katanga, o Stephan Boving, com assistência elétrica (eles não estavam lá pra testes, apenas pra exibição, esperei a feira acabar no sábado e ele levou o velo pra um lugar afastado da galera pra eu experimentar 'escondido'!). o tank-steering do waw é bem diferente do que imaginava, beeeem duro!! o comportamento é bem diferente da direção joystick do quest e do DF. no começo achei até q estava errado! o Stephan me falou q em geral o pessoal assusta, mas q diz q isso é muito importante quando se está a 100km por hora rsrsrs!! não sei mas achei que, de todos os velos que vi, o waw aparenta ter a construção mais "sólida". não parece q ele pode quebrar. tb me agrada muito mais, nele, a traseira ter dropouts convencionais, podendo usar uma roda traseira com o cubo 135mm qualquer (nos outros velos a balança traseira é de um braço só e o eixo tem q ser todo especial, dificultando montagem e desmontagem, a meu ver). o esquema de poder desparafusar e tirar o nariz e a cauda tb acho muito melhor pra manutenção, e agora tem um painel extra em cima do nariz que vc pode remover, não pra manutenção mas pra guardar bagagens ali dentro, pra frente do pedivela. uma coisa q alguns criticam no waw é, por causa da não ter a balança traseira de um braço só, a região traseira é toda fechada e por isso diminui muito o espaço interno pra bagagens. concordo que diminui, mas mesmo assim o espaço é muito grande. dá pra perfeitamente levar muita coisa. foi o velo em q me senti mais baixo, prejudicando um pouco a visão, mas o banco estava bem deitado e configurado pro Stephan, dá pra mexer.

Toxy ZR: o que senti foi ser uma low-racer com sensação de high-racer. isso veio tão claro na minha mente que fiquei suspeitando já ter ouvido essa frase em algum lugar. gostei bastante, e fiquei surpreso por conseguir caber nela - apesar de ela parecer pequena, sempre li relatos de ela ser difícil pra quem não é comprido. de fato, o boom estava beeeem introduzido - provavelmente foi cortado antes.

Toxy Flite: bicicleta absolutamente fácil de pedalar, parece que vc está andando! tinha um grande preconceito com o banco extremamente em pé dela mas, nela, faz todo sentido, e seu banco concha tem um formato diferente que também é otimizado pra essa postura. não gostei do guidão, exageradamente largo.

Toxy LT: sempre namorei essa bike e até já fiz muitas contas para comprá-la, mas saí decepcionado. não gostei da distribuição de peso, achei q vc fica exageradamente em cima da suspensão dianteira. sei que minha Fox é assim, a Grasshopper tb e, por isso mesmo, tinha noção de que ia "entender" a bicicleta perfeitamente, mas não rolou. mereceria mais uma tentativa, pra entender o que se passou.

Hase Kettwiesel: a sensação do triciclo delta é bem legal! pedalei tanto a versão com assistência elétrica, quanto sem. com assistência faz muito sentido, muito bom! já o sem assistência, eu fiz mais força e não estava gostando do banco, estava pegando atrás da coxa. tlvz fosse só um ajuste ruim do tecido. não tinha notado isso quando andei no elétrico, pode ser tb q eu não estivesse fazendo força direito. queria muito experimentar em situações mais reais - nas pistas de testes estava muito protegido. como veículo urbano é de um potencial absurdo, certamente ainda sub-aproveitado entre nós.


Editado por ninocoutinho - 02 Mai 2018 as 14:51
Nenhuma infurabilidade é excessiva.
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