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Tilting Trike da Cruzbike |
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ninocoutinho
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Postado: 06 Fev 2015 as 10:12 |
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A Cruzbike é o principal fabricante do segmento de reclinadas com MBB - moving bottom bracket, ou tração direta, como alguns dizem. Trata-se de bikes com a tração na roda da frente, que não é a coisa mais incomum do mundo, mas que tem o conjunto movimento central+pedivela se movimentando junto com a direção/garfo.
Para explicar melhor, numa recli de tração dianteira mas tração INDIRETA, como são a maioria, existe um conjunto de polias/roldanas que administram a corrente, deixando o pedal fixo: Já na tração direta, das MBBs, o conjunto que abriga o movimento central não é fixo, se move de acordo com a direção. Tentei achar um vídeo curto, e acho que esse é o que ilustra melhor: Esse acaba sendo um nicho dentro do nicho! Bem, esse tipo de bike costuma ser mais difícil de aprender a pilotar, mas muitos dos que aderem acabam ficando "radicais" e não querem voltar pra reclis de tração traseira. Há reclis pra todos os gostos. De tour, full suspension, tem o exemplo da Tanajura, do falecido padre valdo: E há full-carbons de contra-relógio, como esta zockra: Pois bem, a Cruzbike começou fazendo modelos mais voltados ao lazer/viagens, e aos poucos foi se especializando no segmento de estrada, tendo nos modelos Silvio e Vendetta seus principais representantes, e com eles obtendo vários resultados interessantes, como a vitória da Maria Parker no RAAM de 2013: Há poucos dias a empresa anunciou a saída do principal mentor/designer de seus modelos, o John Tolhurst, com o casal Jim & Maria Parker comprando sua parte na sociedade. E, de cara, anunciaram a novidade: um protótipo de kit de conversão que transformará qualquer cruzbike num triciclo "tilting", que inclina nas curvas: E lançaram um vídeo com os testes iniciais: Não é uma ideia totalmente nova, e sim copiada/emprestada daqui: http://www.hupi.org/HPeJ/0020/0020.html Mais sobre: http://www.cruzbike.com/tilting-trike-prototype-testing |
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Nenhuma infurabilidade é excessiva.
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Alessandro_sp
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Achei muito legal! Engloba o problema clássico da instabilidade dos triciclos tipo delta, principalmente se vc entrar quente numa curva off-camber e precisar frear. Além de ser uma solução bem simples!
Só o visual que é bastante esquisito, mas até aí... Ainda sou fã dos tadpoles mas esse me fez ver algumas falhas dos mesmos (como o atrito gerado pela geometria de direção deles e a questão de estradas com inclinação lateral, onde um trike normal ou tadpole ficariam desnivelados e por consequência o ciclista pedalaria "torto" pro lado - não parece problemático mas já tive que caminhar numa praia inclinada por algumas dezenas de km e posso dizer que depois de 1 hora meu quadril estava pedindo água. |
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ninocoutinho
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Então, sabe que já existe um trike tadpole "comercial", que também inclina nas curvas! É o Wild Wave da Steintrikes, um fabricante austríaco meio "de grife", que faz vários tipos de trikes e também algumas reclis de duas rodas, todos em aço (durante muito tempo achei que era cromo, mas é aço comum... o que é bem incompatível com o preço que eles cobram... mas preço é preço).
Esse vídeo ficou fora do ar do youtoba por muito tempo, e descobri que fizeram um up pro dropbox. Parece divertido!! Pena que sai a quase 4700 dólares. Evidentemente, é um trike "for fun". Bem diferente da proposta da Cruzbike, que é ser um trike mais racing. Por sinal, no fim de semana passado teve uma competição na Florida, só de reclinadas, e na categoria triciclo o casal Parker se inscreveu com esses dois trikes do vídeo, e o Jim papou 5 das 6 baterias. Bem, mais interessante que isso é comparar os resultados deles com eles mesmos, já que correram também na categoria bikes com a mesma bike original, ou seja: cada um levou uma bicicleta e com o kit de conversão tiveram tb um trike pra cada um!! Gastei um tempo fazendo essa tabelinha tirando os dados daqui, e passando tudo pra km/h*. Os valores são das velocidades médias. Como esperado, há uma perda entre a bike e o trike equivalente, mas não chega a ser seriamente decepcionante, oscila entre 2 e 3km/h. O Jim disse que, do jeito que é a conversão, há uma diferença na inclinação no banco, e o trike fica com o banco ligeiramente menos deitado. Acredito que se igualasse o ângulo, a diferença entre um e outro seria menor, ainda mais se tratando de médias tão altas, nas quais pequenos detalhes aerodinâmicos fazem uma bela diferença. *excluí uma das categorias pq de bike tinha uma corrida de 50 voltas, e no trike era de 20 voltas, e entendi que eram pistas diferentes então não dá pra comparar.
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Alessandro_sp
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Com o perdão do palavreado.
PUTA QUE O PARIU!!! Agora eu salivei. Esse é o monstrinho que eu sempre quis! Deve fazer curva pra diabo!!! Infelizmente deve ser bem pesadinho por conta da suspensão, mas cara, pra vc capotar um troço desses precisa ser um artista. Deve ser uma delícia pra descer a Osvaldo Cruz até Ubatuba!!! Agora, precinho alto pra carai... Talvez até justifique levando em conta a escala de produção e a complexidade, mas que é caro, é. |
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Alessandro_sp
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Nino, fiquei tão vidrado nesse Wild Wave que fui procurar mais material. Incrivelmente não tem quase nada disponível.
O que eu li, e isso foi um comentário de uma pessoa qq, é que possivelmente esse design tem uma instabilidade inerente a certas velocidades, ou seja, se comporta de um jeito indo devagar e de outro diferente indo rápido. Não sei se procede, pois pra mim parece justamente o oposto, que isso aí é hiper estável e deve agarrar horrores. Fora que as cargas sobre os rolamentos/cubos são distribuídas de forma mais homogênea em curvas, de modo similar a uma bike. Voltando um pouco às reclis de tração dianteira, uma vantagem que noto logo de saída é que a durabilidade do drivetrain deve aumentar significativamente. A grande vilã que no caso é a roda dianteira que levanta e joga sujeira na corrente, nesse caso não prejudica quase nada pois todo o conjunto está alinhado do ponto de contato para a frente. O óleo da corrente vai pegar praticamente apenas a fuligem ou sujeira do ar, pode até ficar preto mas vai demorar mais e não vai ficar tão abrasivo quanto o do setup normal. Não sei quanto ao comportamento em subidas. Aí já me parece que vai ficar uma merda... Pensa se o negócio patina? Empinar não vai, a não ser numa inclinação estúpida e provavelmente impossível de subir pedalando. Mas acho que patina com relativa facilidade. Vc chegou a ler algo sobre isso? |
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onoda
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essa Wild Wave da Steintrikes é fascinante, bem compacta e esses cubos dianteiros provavelmente devem ser de uma cannondale lefty, belo projeto de bike!
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♪ Hime Hime Hime, Suki Suki Daisuki, Hime, Hime ♪
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ninocoutinho
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Verdade, Alessandro. O Wild One, que é o triciclo full da Stein, acho que é o trike deles que tem mais discussões sobre e umas fotos muito boas, também. Sobre o Wild Wave tem é muita curiosidade, realmente.
Sim, elas certamente conservam muito melhor a relação, inclusive em relação às convencionais.
Aí é que está o X da questão. Ao mesmo tempo que as MBB certamente têm a transmissão mais eficiente que as reclis com tração traseira, elas têm um limite de inclinação de subidas que dão conta. Isso é um assunto que me desperta MUITA curiosidade mas nunca consegui reunir um 'histórico' dos relatos, sobre qual 'limite' em cada modelo e condição de terreno (limpo, sujo, molhado, etc). Tem o problema extra de que, assim como a gente tende a defender o próprio equipamento - vendo mais as qualidades e escondendo os defeitos - os MBBzeiros são meio fanáticos no universo das reclis e me parecem piores com isso. Ou seja, não 'admitem' os problemas que que as MBB, tipo Cruzbikes, apresentam. E acho que com as cruzbikes é pior, pq elas não são 'low'. Vc sabe que o galicki tem uma recli com tração dianteira, mas não mbb, da taiwanesa Performer. Bem baixinha, a princípio com centro de gravidade bem abaixo dos da cruzbike. Ainda assim, ele diz que patina com ela em subidas íngremes, de cerca de 15% de inclinação. Mas eu sou da opinião de que essa bike da performer deveria ter um entre-eixos mais longo, pra "desequilibrar" a distribuição de peso, jogando mais pra roda dianteira. Acho que minimizaria o problema. Eu apenas testei uma low com tração dianteira, no quintal da casa do Solyom, e patinei na própria grama, no plano. Tb testei uma MBB, mas não consegui pedalar em linha reta.
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Pois é, acho que inclinações mais fortes não são bem o foco dessas bikes, EMBORA num trike você possa pedalar com a cadência tão baixa quanto quiser, ou seus joelhos permitirem, pois o equilíbrio não é uma variável.
Uma pena não ter maiores detalhes da Wild Wave. Se vc assistir os vídeos da Wild One em pistas de "downhill" (faço aqui uso proposital das aspas pois aquilo não é legítimo downhill, e sim uma descida íngreme em estradão) poderá observar que os pilotos tiram o corpo do assento para assegurar o equilíbrio, e num dos vídeos um dos caras capota (meio escondido por uma curva). Isso seria perfeitamente corrigido com a inclinação do Wild Wave. Aquele vídeo do cara fazendo slalom na rua deu água na boca, mas é o mesmo que ver vídeo de Ferrari dando volta no quarteirão, não é o uso previsto para esse tipo de máquina... |
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