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Tour de France 2016 - Quem são e como estão os favoritos?

Em cerca de 10 dias, vai começar a maior e mais esperada prova do ciclismo de estrada mundial, o Tour de France. Na preparação para a prova, cada ciclista aposta em uma estratégia diferente. Alguns participam de muitas provas, outros preferem treinar em casa, perto da família. Mas, independente do plano, o abjetivo de todos é um só: vencer a grande volta francesa e levar para a casa a sonhada camisa amarela. A seguir, trazemos para você um breve resumo da temporada 2016 de cada um dos favoritos para a vitória na geral.

Chris Froome (Sky)

Dias competindo nesta temporada: 27
Vitórias: 5

Herald Sun Tour (21 de janeiro): 1º na geral, 1 vitória de etapa
Volta a Catalunya (Março): 8º na geral
Liège-Bastogne-Liège (Abril): 112º
Tour de Romandie (Abril/Maio): 38º na geral, 1 vitória de etapa
Critérium du Dauphiné (Junho): 1º na geral, 1 vitória de etapa

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Froome, o vencedor do Tour 2015. Foto: ASO / Divulgação

Com duas vitórias na classificação geral do Tour nos bolsos de sua camisa, Froome é o franco favorito para levar mais uma amarela para casa. A temporada do atleta, porém, começou de maneira pouco ortodoxa para seus padrões.

Pela primeira vez em seis anos, ele largou no Herald Sun Tour em Janeiro, prova realizada na Austrália. Depois disso ele ficou no hemisfério sul na primeira parte da temporada, treinando em altitude na África do Sul.

Voltando para a Europa, ele teve um fraco desempenho na Volta a Catalunya, onde terminou em oitavo na geral, perdendo para seus principais adversário. Em meados de Abril, no Tour de Romandie, ele perdeu 17 minutos em uma etapa e chegou em 38 na geral, um desempenho ainda mais atípico.

A recente vitória no Criterium du Dauphine, onde ele bateu muitos de seus adversários trouxe um pouco de alento para o atleta da Sky. Porém, mesmo batendo Contador, Porte e Aru, Froome não mostrou tanta dominância quanto se esperava. É bem verdade que ele mostrou brilhantismo na etapa 5, quando fez todos os seus adversários sobrarem de roda. Porém, foi perceptível a perda de desempenho na parte final da competição.

Nairo Quintana (Movistar)

Dias correndo nesta temporada: 32
Vitorias: 5

Tour de San Luis (Janeiro, 2.1): 3º na gerall
Campeonato Nacional da Colombia (Fevereiro): 4º
Volta a Catalunya (Março) 1º na geral
GP Miguel Indurain (Março, 1.1): Não Completou
Vuelta al País Vasco (Abril): 3º na gerall
Tour de Romandie (April/Maio): 1º na geral, 1 vitória de etapa
Route du Sud (Junho, 2.1): 1º na geral, 1 vitória de etapa

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Quintana ataca na Volta a Catalunya. Foto: Movistar

Ano passado, a derrota de Quintana para Froome no Tour de France deveu-se a alguns erros e falta de sorte, já que o colombiano parecia levar ligeira vantagem sobre o atleta da Sky mais para o fim da terceira semana. Por isso, a rotina de preparação de Quintana em 2016 foi bem parecida com a de 2015.

No Tour de San Luis em Janeiro, Nairo abriu sua temporada ajudando seu irmão Dayer na conquista do título da classificação geral. Depois, ele rumou para a Volta a Catalunya, onde ele venceu a classificação geral.

Depois da Vuelta al País Vasco, Nairo voltou para a Colômbia para realizar treinamentos em altitude por um mês e meio. Recentemente, ele voltou para a Europa e venceu a classificação geral da The Route du Sud. Porém, como trata-se de uma prova menor, fica impossível medir seu desempenho contra o de seus adversários.

Alberto Contador (Tinkoff)

Dias correndo esta temporada: 33
Vitórias: 4

Volta ao Algarve (Fevereiro, 2.1): 3º, 1 vitória de etapa
Paris-Nice (March, WT): 2º na geral
Volta a Catalunya (March, WT): 2º na geral
Vuelta al País Vasco (April, WT): 1º na geral, 1 vitória de etapa
Critérium du Dauphiné (June, WT): 5º, 1 vitória de etapa

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Contador no Critérium du Dauphiné. Foto: Tinkoff

Ano passado, Contador tentou uma dobradinha Giro-Tour, o que levou o atleta a tentar uma preparação diferente da de costume. Este ano, ele já passou mais dias correndo do que seus principais adversário, porém o menor número de vitórias pode indicar que ele está pegando mais leve na preparação para chegar mais fresco ao Tour.

No Critérium du Dauphiné, Contador superou Froome no contra-relógio em Les Gets, um resultado raro para o espanhol. Além disso, embora tenha andado menos do que Froome, Contador atacou o homem da Sky em diversas ocasiões, indicando que sua agressividade continua intacta.

Fabio Aru (Astana)

Dias correndo: 31
Vitórias: 1

Volta a la Comunitat Valenciana (Fevereiro): 6º na geral
Volta ao Algarve (Fevereiro): 9º
Volta a Catalunya (Março): 14tº
Vuelta al País Vasco (Abril): DNF
Amstel Gold Race (Abril): DNF
Critérium du Dauphiné (Junho): 45º na geral, 1 vitória de etapa

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Aru vence etapa no Critérium du Dauphiné . Foto: Astana / Divulgação

Nos últimos três anos, o foco da Fabio Aru foi o Giro. Por isso, suas chances no Tour ainda são pouco conhecidas. Até o momento, o italiano não apresentou nenhum desempenho brilhante, sendo o ponto alto de sua temporada uma vitória de etapa no Critérium du Dauphiné. Neste dia, porém, o resultado deveu-se mais ao oportunismo do que ao desempenho propriamente dito, já que tratava-se de uma etapa para sprinters e não para escaladores.

Todavia, o desempenho de Aru é sempre um ponto de interrogação, assim como o de Vincenzo Nibali, seu gregário de luxo neste Tour de France. Porém, conhecendo o time do Cazaquistão, é bom Aru tomar cuidado no início do Tour, se não é capaz de Nibali assumir o posto de capitão da Astana.

Thibaut Pinot (FDJ)

Dias correndo: 39
Vitórias: 5

GP La Marseillaise (Janeiro): 2º
Etoile de Bessèges (Fevereiro): 3º
Volta ao Algarve (Fevereiro): 4º na geral
Tirreno-Adriatico (Março): 5º na geral
Critérium International (Março): 1º na geral, 2 vitórias de etapa
Vuelta al País Vasco (Abril): 4º na geral
Tour de Romandie (Abril-maio): 2º na geral, 1 vitória de etapa
Critérium du Dauphiné (Junho): 16º na geral, 1 vitória de etapa

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Thibaut Pinot no Critérium du Dauphiné. Foto: FDJ / Divulgação

Por ter apenas 26 anos, Pinot utilizou a temporada 2016 para dar mais um passo na escadaria que leva um atleta ao nível de consistência necessária para vencer uma grande volta. Neste caminho, ele já conseguiu firmar-se no top 5 em algumas ocasiões.

Todavia, no Critérium du Dauphiné, o atleta perdeu 57 segundos no contra-relógio e abertura e outros 2:30 na primeira etapa de montanha. Ele até recuperou a honra nesta prova com uma vitória na etapa rainha, mas o resultado abaixo do esperado na classificação geral coloca a forma do jovem atleta em dúvida.

Richie Porte (BMC)

Dias correndo: 40
Vitórias: 1

Campeonato Australiano de contra-relógio (Janeiro): 2º
Campeonato Australiano de estrada (Janeiro): DNF
Tour Down Under (Janeiro): 2º na geral, 1 vitória de etapa
Tour of Oman (Fevereiro): 49º na geral
Paris-Nice (Março): 3º na geral
Volta a Catalunya (Março): 4º na geral
Liege-Bastogne-Liege (Abril): 91º
Tour de Romandie (Abril-Maio): DNF
Critérium du Dauphiné (Junho): 14º na geral

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Richie Porte no Critérium du Dauphiné. Foto: BMC / Divulgação

Até ano passado quando corria pela Sky, o foco de Porte ela vencer o Giro e servir de super-gregário para Froome no Tour. Porém, com a mudança para a BMC, o tasmaniano pode reestruturar seu calendário para construir sua forma de maneira mais gradual.

Até o momento, ele subiu no pódio na Paris-Nice e no Tour Down Under e também conseguiu um bom desempenho na Volta a Catalunya. Na metade do ano, Porte treinou em altitude com seu companheiro Tejay van Garderen e depois foi para o Critérium du Dauphiné onde ele chegou em 14º, porém foi o único capaz de acompanhar Froome na etapa vencida pelo homem da Sky.

Mais uma vez, o grande problema de Porte parece ser não sua potência ou velocidade, mas sem a falta de sorte e de consistência.

Romain Bardet (AG2R-La Mondiale)

Dias correndo: 42
Vitórias: 0

GP La Marseillaise (Janeiro): 48º
Tour of Oman (Fevereiro): 2º na geral
Classic Sud Ardèche (Fevereiro): 5º
La Drôme Classic (Fevereiro): 8º
Paris-Nice (Março): 9º na geral
Volta a Catalunya (Março): 6º na geral
Giro del Trentino (Abril): 6º na geral
Liège-Bastogne-Liège (Abril): 13º
Tour de Romandie (Abril e maio): 27º na geral
Critérium du Dauphiné (Junho): 2º na geral

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Romain Bardet acelera para ser 2º na geral da Dauphiné. Foto: Facebook / reprodução

Com 42 dias de corrida este ano, Bardet é o atleta que mais competiu este ano dentre os que podem vencer o Tour. Este tipo de preparação não é novidade para o jovem atleta e seu forte desempenho no Critérium du Dauphiné mostra que ele está em plena forma, podendo ser considerado uma grande ameaça nas montanhas do Tour.

Além de chegar em segundo lugar na competição, Bardet foi um dos poucos a conseguir colocar pressão em Froome, deixando o atleta da Sky em situações complicadas em algumas etapas.

Tejay van Garderen (BMC)

Dias correndo: 35
Vitórias: 3

Vuelta a Murcia (Fevereiro): 7º
Clásica de Almería (Fevereiro): 68º
Ruta del Sol (Fevereiro): 2º na geral, 1 vitória de etapa
Tirreno-Adriatico (Março): 25º na gerall, 1 vitória de etapa (TTT)
Volta a Catalunya (Março): 5º na geral
Tour de Romandie (April-Maio): 10º na geral
Tour da Suíça (Junho): 6º, 1 vitória de etapa

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Van Garderen no Tour a Suíça. Foto: BMC Divulgação

A temporada de Van Garderen foi silenciosa e positiva, com alguns bons resultado como o top-10 no Tour da Suíça, Tour de Romandie, Ruta del Sol e Volta a Catalunya. Na Tirreno, seu desempenho na geral foi minado pela eliminação de etapas de alta montanha graças ao clima extremo.

Mesmo no Tour da Suíça, o resultado final do atleta foi abaixo do que poderia ser, já que ele sofreu de mais com o frio, perdendo muito tempo na etapa 6. Nas etapas seguintes, porém, o atleta recuperou a força e venceu a etapa 7, considerada a mais importante da prova.


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