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Tour de France 2016 #12 - Incidente com Froome repercute no pelotão

A etapa 12 do Tour de France 2016 foi simplesmente caótica. Depois de um dia de muito vento e de dominância da fuga, tudo rumava para um cenário onde o camisa amarela Chris Froome e Richie Porte ganhariam alguns segundos sobre seus adversários na classificação geral. Porém, pouco antes da chegada, alguns torcedores invadiram a pista, fechando a passagem das motos e dos ciclistas.

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Froome, Porte e Mollema no chão. Foto: Sky / Divulgação


Sem ter como desviar, Froome, Porte e Bauke Mollema colidiram com a moto que parou para evitar atropelar os espectadores. No acidente, a bicicleta de Froome quebrou-se e o atleta teve que correr a pé até encontrar formas de cruzar a linha de chegada - o que aconteceu quase dois minutos depois da passagem do pelotão dos favoritos.

Froome corre atrás do prejuízo


Dos três, o único que conseguiu escapar ileso do acidente foi Mollema e, em uma decisão dos comissários e da organização, Porte, Froome, Quintana e mais alguns atletas receberam o mesmo tempo do atleta da Trek Segafredo. Não fosse por isso, Froome teria perdido sua amarela e estaria com mais de um minuto de atraso para Quintana, por exemplo.

Além do acidente, a repercussão da decisão da organização também foi grande. Confira abaixo o que alguns atletas falaram sobre o caso.

Thomas De Gendt (Lotto Soudal) - Vencedor da etapa

"Não sei o que aconteceu, só vi na televisão. Tinha muita gente no último quilometro. Eles deviam fazer alguma coisa sobre isso. Eu fui empurrado, Serge foi empurrado e nós quase caímos. Não tinha nem espaço para a moto"

Chris Froome (Team Sky)

"Que final! No último quilômetros uma moto brecou na nossa frente e eu, Richie e Bauke batemos nela. A moto que vinha atrás me atropelou e quebrou minha bicicleta. Disse para mim mesmo 'Não tenho bicicleta' e sabia que o carro da equipe estava 5 minutos atrás, então eu tive que correr. Estou feliz com a decisão dos comissários. Acho que foi a coisa certa a se fazer".

Alejandro Valverde (Movistar)

"Foi um acidente mas estas coisas acontecem no esporte. Eles baterem na moto e caíram, mas essas coisas acontecem no ciclismo. Fizemos nosso melhor para minimizar os prejuízos e amanhã teremos um contra-relógio interessante".

Bauke Mollema (Trek-Segafredo)

"Aconteceu tudo muito rápido com menos de um quilômetro para a chegada. De repente nós estávamos no chão. Parece que todos receberam bonificações em seus tempos*. Imagino o que teria acontecido se eu fosse o único a ter caído..."

*Por conta do bloqueio na estrada, a UCI decidiu dar para Nairo Quintana (Movistar), Tejay van Garderen (BMC) e Alejandro Valverde (Movistar) o mesmo tempo conquistado por Mollema que cruzou com ao menos 6 segundos de vantagem. Como era de se esperar, o atleta não ficou feliz com a decisão.

Romain Bardet (AG2R La Mondiale)

"O que vimos hoje no Ventoux não foi a melhor condição na bicicleta. Tínhamos muitas motos no caminho e não estava seguro. Você tinha que brecar no meio do ataque. Precisamos ter uma longa conversa sobre segurança aqui. O que aconteceu hoje foi inaceitável. Não sei o que acontecerá com a camisa amarela. Nunca vi nada assim".

Adam Yates (Orica-BikeExchange)

"Estava muito perigoso no último quilômetros mas são os fans que fazem o esporte e não existem muitos esportes onde eles podem chegar tão perto. As coisas são como elas são. Porém, eu não gostaria de vestir a amarela dessa forma e acredito que Froome é quem tem o direito de usá-la.

Richie Porte (BMC)

"Froome estava em minha roda e bateu direto atrás de mim. Não sei o que eles podem fazer, mas algo deve ser feito porque isso não é justo. Em um minuto estamos com 25 segundos de vantagem e logo depois acontece algo idiota e todos estão na nossa frente".

"O resultado não pode permanecer e acho que o juri vai tomar algum tipo de decisão. Se você não consegue controlar o público, vai controlar o que? Não foram as motos, foi o público. Eles estavam na sua cara o tempo todo, empurrando os atletas e foi simplesmente uma loucura".

Peter Stetina (Trek-Segafredo)

"De alguma forma criamos este cenário em que todos querem aparecer na TV para uma festa. Nós temos esses caras vestidos de Borat mostrando a bunda e é mais sobre eles do que realmente apoiar os atletas. Eu não entendo porque você tem que se comportar como um babaca".









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