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Specialized Enduro S-Works 29 2017 - Primeiras Impressões

Como falamos anteriormente, a Specialized Enduro foi uma das bikes que passou por uma completa reformulação para 2017. Em resumo, a bike ficou com mais curso, uma geometria favorecendo descidas mais técnicas e inclinadas e novos amortecedores na versão S-Works.

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Tivemos a oportunidade de sermos os primeiros jornalistas do mundo a andar na bike, no final do mês passado na Califórnia, e trazemos pra vocês nossas primeiras impressões.

Para testar a Enduro 29, subimos um single track muito pedregoso que na verdade era a mesma trilha da descida e onde também testamos a Stumpjumper anteriormente (relato em breve).

A mudança de comportamento da nova Enduro 29 para a anterior é bem significativo. A bike tem uma pegada muito mais parecida com uma bike de downhill. Isso fica claro mesmo pedalando com ela no plano, com sua suspensão nitidamente mais inclinada.

Subidas

Nas subidas, não sentimos tanta diferença. Uma bike de Enduro com muito curso não tem como objetivo subir, mas cumpre seu papel como esperado. Uma coisa que se nota é que em trilhas muito técnicas como esta, é que é preciso mexer mais o guidon ao invés de inclinar o corpo para algumas curvas. Uma característica de se esperar com um ângulo de direção desses em velocidades baixas. O ângulo do selim está mais em pé, o que na teoria melhora o desempenho em subidas, mas não conseguimos sentir isso nessa primeira experiência.

Descidas

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Nas descidas, a Enduro é muito estável, rápida e previsível. Mas ela claramente se comporta melhor em terreno mais inclinado e difícil. Apenas alguns trechos da trilha que testamos tinham essa característica, então é preciso andar mais na bike, em diferentes lugares, para avaliar melhor. Uma coisa é certa: ela está bem diferente da Stumpjumper, mesmo da nova.

Suspensões

A suspensão dianteira Öhlins tem mais ajustes que a Rock Shox Pike que equipava a versão S-Works anterior. É preciso colocar ar em uma câmara de compressão principal e também numa somente para compressão de alta velocidade (que controla a progressividade). Também existe, além do controle de retorno, um dial de compressão de alta velocidade e de baixa velocidade. Essa características torna a configuração inicial mais difícil, mas também abre uma maior margem para o ajuste fino. Para endurecer a suspensão nas subidas, a marca recomenda usar uma das posições do ajuste de compressão de alta velocidade.

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Já a suspensão traseira Öhlins tem menos ajustes que a anterior Cane Creek. O controle de retorno conta com menos cliques (apenas 6). Existe uma alavanca rápida para deixar a suspensão firme e ajudar nas subidas. E para completar, existe ajuste de compressão de alta velocidade e de baixa velocidade.

Conclusão

Com pistas de enduro mais e mais difíceis pelo mundo, a nova bike seguiu para o caminho mais extremo e competitivo. Para o Brasil, fica difícil saber se é a bike mais adequada para nossas competições menos exigentes ou se a Stumpjumper seria uma melhor opção. Claro que depende muito do estilo de cada um, mas também precismos de mais tempo para testá-la em mais terrenos e com a quantidade de ajustes que as novas suspensões permitem.

Piloto
Pedro Cury (Strava)


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