São Vicente - Ilhabela (fotos e relato)

Antes de tudo gostaria de dizer que essa viagem foi a realização de um sonho que nasceu a uns 2 anos e meio, desde quando elaborei o roteiro e pesquisei os lugares por onde poderia passar... Que veio sendo adiado por alguns motivos, que não via a hora de realiza-la e quando a oportunidade apareceu, comentei com o meu grande amigo Roger que topou a aventura, já que essa viagem representa parte de um desejo dele, que é de ir até Parati.
Então foram semanas de preparação (pedal, pesquisa de preços de hospedagem / ônibus e de mapas, previsão do tempo...) e até um adiamento de última hora por falta de alvará (meu)... Até definirmos a data (12,13 e 14 de julho), conforme os dias iam passando e o passeio se aproximava o friozinho na barriga e a expectativa ia aumentando.
No sábado (véspera da viagem), choveu forte quase o dia inteiro, só diminuindo até parar por completo a noite, e após a trégua da chuva houve uma forte ventania durante a madrugada do domingo. Consultei por várias vezes uns 4 sites de previsão de tempo e todos diziam que haveria pancadas na manhã do domingo (1 a 3 mm), o que me deixou contente, pois não pegaríamos uma chuva como a de sábado. 
Acabei indo dormir por volta das 2 horas da manhã, por conta de uma visita a casa do meu irmão e também a arrumação de algumas coisas que levaria na viagem. Programei o despertador p/ as 05:40, vinte minutos antes do horário combinado com o Roger, acordei muito bem disposto mesmo c/ as poucas horas de sono e logo fui a janela para ver como estava o tempo e para a minha felicidade não estava chovendo e asfalto da rua estava bem seco, troquei de roupa, montei o baú na bike (apanhei um pouco para fechar o mesmo, por excesso de bagagem), e tratei de pedalar p/ a casa do Roger onde partiríamos para a nossa aventura.

Cheguei quase 15 min atrasado e o Roger já me aguardava na frente do prédio. Pose para foto antes da partida e foto das bikes “cargueiras”, prontas p/ a viagem.

E as 06:25 iniciamos a viagem ainda um pouco escuro, pois ainda não tinha amanhecido, seguindo pelas ciclovias da linha amarela e da Praia do Itararé em São Vicente e poucos km's depois estávamos na ciclovia de Santos com o dia clareando bem nublado.

Estragos feitos pela ventania na madrugada do domingo na cobertura do Pier do Chopp na Ponta da Praia.

Travessia da balsa Santos-Guarujá.

Durante a travessia da balsa, uma visão que nos animou mais ainda, criando uma expectativa que o tempo ia nos ajudar. A temperatura estava bem agradável para pedalar (15ºC) pelo menos p/ mim, pois o Roger estava achando um pouco frio.

Mesmo com muitas nuvens, houve alguns momentos c/ muita luz durante nossa travessia pelo Guarujá.

Chegando a Praia do Perequê - Guarujá.

Praia do Perequê, com o tempo meio nublado.

Ainda me adaptação com o baú, pois nunca tinha usado o mesmo...

Parada em frente ao Bar do Joca para arrumar a fixação do bagageiro no canote do banco. 

Pier em frente ao Bar do Joca, Guarujá.

Problema resolvido e pronto p/ continuar.

Vamos que vamos... Roger ainda c/ agasalho, faltando pouco para chegar na Balsa.

Balsa Guarujá-Bertioga.

Panorâmica de Bertioga, e o tempo ficou mais nublado e a dúvida pairava no ar... Será que vai chover?

Roger meditando na balsa ou será que estava cochilando?

Bertioga é logo ali e mais uns 60km pela frente até o destino final do 1º dia.

Parque dos Tupiniquins e Forte São João, Bertioga.

Parque dos Tupiniquins.

Forte São João, antigo Fortim de São Tiago...

Para quem quiser conhecer a história do mesmo, http://pt.wikipedia.org/wiki/Forte_de_S%C3%A3o_Jo%C3%A3o_da_Bertioga

Seguindo para a Rio-Santos pela Av. Anchieta.

Finalmente na Rio-Santos, estrada que possui muitos...

Condomínios a sua beira, como esse que possui uma estátua semelhante as que exitem na Ilha de Pascoa...

Placas nada agradáveis a nós ciclistas (calma Roger não precisa ficar com raiva e arrancar a placa) e também uma que mandam fazer coisas errada e que desrespeitam o código de transito. 

E intermináveis retas como essa.

Pit stop para um lanchinho, pois sai s/ tomar café e a fome já apertava, mas sem exagerar pois ainda teríamos quase 50 km pela frente.

Fim do lanche e de volta a estrada, olhando de onde viemos, uma belo paredão “Serra do Mar”.

Rio Itaguaré, Bertioga. 

E o tempo nublado, mas nada de chuva p/ a nossa sorte.

Ao chegarmos neste local, olhando para direita encontrei um acesso a Praia de Itaguaré, tinha um portão com uma placa da Petrobrás, mas com um acesso p/ pedestres ao lado do portão...

Então seguimos pelo acesso a praia...

Praia de Itaguaré.
A intenção era de irmos até a foz do Rio Itaguaré, mas teriamos que voltar um bom trecho pela praia, então desistimos e continuamos o nosso caminho p/ São Sebastião, seguindo pela praia até um condomínio fechado que nos levou de volta a Rio-Santos.

Rio Guaratuba, Bertioga.

Praia de Boraceia, Bertioga.

Já estávamos em São Sebastião, mas bem longe do centro e muitas coisas para ver no caminho.

Saída para Bora Bora e foi por lá que fomos emBORA e saímos da Rio-Santos, esse seria o 1º dos 5 desvios da Rio-Santos que tinha programado, Porém só 2 deram certo e conseguimos fazer na integra...

Foram alguns km's em estradinha de terra bem ondulada e com um pouco de lama da chuva do dia anterior... Roger não falou nada p/ mim, mas com certeza pensou coisas como “Onde ele enfiou a gente?”, “que roubada é essa” ou “deveríamos ter continuado na Rio-Santos”.

Seguimos por terra até chegarmos a Barra do Una, onde apareceu esse tipo de calçamento.

Bela igreja em Barra do Una, parecia até cenário de novela.

Rio Una próximo a praia.

Praia Barra do Una, São Sebastião.
Fizemos uma parada, para contemplarmos a bela paisagem e para fazer uma um 2º lanchinho (2 pacotinhos de Club Social).

De volta ao pedal, cruzamos o Rio Una e seguimos sentido Juqueí.

E não demorou muito e veio a 1ª subida um pouco mais puxada e com peso extra que levávamos, e não teve jeito, tivemos que empurrar.

Depois de empurrarmos as bikes, vieram as recompensas, vista de Barra do Una e depois vista de Juqueí.

Rua em Juqueí, São Sebastião.

Atravessando o Rio Juqueí e mais a frente mais uma subida que nos levou novamente a Rio-Santos, onde empurramos mais um pouco.

As vezes olhamos fotos de subidas e não parecem ser muito inclinadas como são na real...
Mas olhando fotos da vista proporcionada pela subida, ai sim temos a real noção de quanto subimos.

Rio-Santos próximo a Praia Preta, seguimos pela estrada até Barra do Sahy, c/ hy mesmo, pelo menos era assim que estava escrito na placa no acesso e também no site da Prefeitura de São Sebastião.

Rio Sahy e devolta a estradinha de terra.

Praia da Baleia, estávamos bem próximos de Camburi, local onde encerraríamos o 1º dia de viagem.

Estrada do Camburi a poucos metros da pousada.

Camping Camburi, local escolhido para o merecido descanso para 2º dia, que prometia c/ fortes subidas e belas paisagens. 
Chegamos as 15:45, deu tempo de ver o jogo do meu time de coração. 

Números do 1º dia: 105,9 km em 07h 06min de pedal e 09h 20min de tempo total.
2º dia de viagem, acordamos as 07:00, tomamos um café da manhã, arrumamos as coisas e por volta das 08:00 da manhã com um tempo completamente diferente do dia anterior, com muito sol e céu limpo partimos rumo a Ilhabela e com menos de 1 km veio mais uma subida, a 1ª de várias que teríamos que vencer até o nosso destino.

Praia de Camburi, São Sebastião.
E com a 1ª subida, também veio a 1ª vista panorâmica do dia. 

E continuamos subindo, até encontar aquela plaquinha amarela um pouco mais a frente do Roger. alegria!

Vista da Praia de Boiçucanga.

Praia de Boiçucança e logo a frente mais um morro e mais uma subida a ser vencida.

Mas logo no início da serra para Maresias, tinha uma rua de terra que vela a trilha para a Praia Brava, esse era um dos desvios previstos para fazermos e lá fomos nós, por essa rua de terra com uma subida bem íngreme, mas bota íngreme nisso!... 

Durante a subida encontramos um morador e perguntamos se era a trilha p/ a Praia Brava e ele confirmou que sim, e perguntamos se tinha um caminho para Maresias, ele disse que sim e que era o caminho do gasoduto e que dava para caminhar numa boa pelo mesmo, pois tinha sido capinado na semana anterior, então agradecemos a informação e continuamos empurrando as bikes numa subida brava e que parecia não terminar...
Quando chegamos ao portal de madeira que aparece na foto, logo em seguida apareceu uma caminhonete 4X4 subindo até com uma certa dificuldade, e estacionou ao nosso lado, nela tinha um funcionário responsável pela manutenção do caminho do gasoduto (que aparece na foto) e repetimos as perguntas feitas ao morador... E ele disse que era possível chegar a Maresias pelo gasoduto, mas que teríamos que enfrentar subidas muito fortes, que essa subida de terra que penamos para subir pareceria plana perto das que tem no gasoduto. Então não pensamos duas e decidimos desistir desse desvio e de conhecer a Praia Brava e retornar a Rio-Santos. 
Esse desvio não nos levou a lugar algum e por pouco não se tornou uma verdadeira ROUBADA!!! Depois desse ainda teria um outro desvio que levou a um condomínio fechado, onde não podemos entrar, sorte que só saímos uns 200m da Rio-Santos, depois disso descartamos a idéia de qualquer outro desvio desconhecido, principalmente se fosse o caminho do gasoduto.

Voltando para Rio-Santos, continuamos a subir a serra entre Boiçucanga-Maresias, onde tivemos algumas vistas panorâmicas bem bacanas...

Até avistarmos uma placas que deixam qualquer ciclista contente. Ufa até quem fim acabou a subida p/ Maresias, parecia que não tinha fim.

Mesmo sendo parcial e encoberta por galhos e folhas, a vista de Maresias é muito bonita, pena que na foto não reproduza a visão no local.

Saímos de Camburi com 3 caramanholas de 600ml e uma garrafa de 1,5l no alforge do Roger todas cheias, mas na verdade só uma caramanhola estava c/ água em estado liquido, as demais estavam congeladas e não deram tempo de descongelar... e a subida p/ a trilha p/ a Praia Brava e a subida da serra p/ Maresias, exigiram bastante, ainda mais com Sol, resultado a água dessa caramanhola não durou muito e a sede apertou... O jeito então foi apelar para duas fontes que encontramos a beira da Rio-Santos, sabíamos que não era aconselhável, pois quase todas são improprias p/ consumo, mas a sede falou mais alto!

Neste ponto a vista de Maresias estava menos encoberta.

Será que o Roger parou neste lugar só para me esperar enquanto batia uma foto ou foi para desafiar a placa???

Praia de Maresias, nesta época do ano é bem tranquila, mas no verão é muito badalada.

Desde que iniciamos o 2º dia da viagem, Roger percebeu uma folga no pedivela e um nhec-nhec que o incomodava e o deixava preocupado se ia deixa-lo na mão no meio do caminho... Então resolvemos procurar uma bicicletária em Maresias para diagnosticar o problema... E perguntando aos locais, nos aconselharam essa bicicletária...

E depois de um rápido diagnóstico, chegou a conclusão que não era nada grave e que ainda teria condição de rodar muito desse jeito e que não representava risco de concluirmos a viagem, ofereceu para jogar um óleo p/ lubrificar e pronto, podíamos continuar nossa viagem...

Voltando para a Rio-Santos após a parada na bicicletária, fizemos uma parada num mercado para repor as energias e também para o Roger comprar um lubrificante para fazer a manutenção da bike no final do dia.

De volta a estrada ou seria montanha russa, pois muitas subidas, descidas e curvas e mais curvas.

Adeus Maresias, que venham as próximas!

Antes de chegarmos em Paúba, avistei essa estrada de terra ao lado de uma caixa d'água da Sabesp, que leva a uma antena no alto do morro, então pensei porque não subir? Imagina a vista lá de cima? Acabei convencendo o Roger a subir (empurrando é claro) pois é bem íngreme e estava bem escorregadio devido a chuva de 2 dias antes...

E não estava errado, valeu muito a pena subir a estradinha de terra, pois a vista é maravilhosa.

Após alguns minutos contemplando a natureza e após algumas fotos, chegou a hora de fazer um pequeno downhill, com todo o cuidado pois estava bem escorregadio. Olha a lama que acumulou nos pneus da bike do Roger, durante a curta descida.

Rua de acesso a Paúba.

Praia de Paúba.

Praia de Santiago. 
Foi uma pena não termos tempo disponível para parar e conhecer todas as praias por onde passamos.

Praia de Toque Toque Pequeno.

Descida? Não isso foi mais uma das subidas, a essa altura estávamos enjoados de tantas subidas.

Agora sim a descida chegou...
E foi a 1º vez que conseguimos avistar Ilhabela, mas ainda faltava chão e teríamos várias subidas pela frente, mas a visão nós deixou muito contentes!

Praia de Calhetas e Ilha de Toque Toque.
O que nos estimulava a continuar subindo, alem do fato de estar cada vez mais próximo do nosso objetivo, era também as belas vistas que tínhamos pelo caminho...

Roger é que não me faz mentir! 
Era inevitável pedalar por esse trecho da Rio-Santos, sem volta e meia estar olhando para o lado para apreciar a vista.

Praia de Toque Toque Grande.

Cachoeira de Toque Toque Grande.
Parada para descansar, bater umas fotos e para o corajoso do Roger tomar um banho congelante!!!

E ainda restavam 10km de montanha russa. E para variar sobe mais um pouquinho...

E depois de tanto subir, vejam que bela vista da Praia Brava de Guaecá (pequena e escondida, no meio da vegetação) c/ a Ilhabela ao fundo.

Rio e Praia Guaecá.

Praia de Barequeçaba.
Agora faltava muito pouco para chegarmos ao centro de São Sebastião e para a balsa p/ Ilhabela.
E a cada serra que passávamos e a cada vila e praia que chegávamos vinha uma sensação de vitória de conquista, pois sabíamos que estávamos mais próximos do nosso destino. 

Travessia da Balsa São Sebastião-Ilhabela.
Sem palavras para descrever o cenário ao fundo!!!
Antes de irmos para balsa, passamos na rodoviária de São Sebastião para confirmar o horário e preço da passagem de ônibus p/ Santos e também se tinha alguma restrição ou exigência para transportar as bikes. 

Chegando a Ilhabela por volta das 16:20 com um final de dia maravilhoso.

Saída da balsa em Ilhabela e foto na placa de boas vindas.

Chales Xibayka, no bairro de Barra Velha próximo a balsa, foi o local escolhido para passarmos a noite e descansar, pois o dia foi bem cansativo.

Fomos muito bem atendidos pelo Edson que foi muito gentil e disse que não tinha problema algum das bikes ficarem dentro do quarto, até porque ele é muito amplo e também conta com geladeira, fogão, pia e panelas, pratos e talheres... Tudo para podermos preparar as nossas refeições e também disse que poderíamos ficar até as 18:00 do dia seguinte sem problema algum, já que o nosso ônibus só sairia as 19:50. 
Tomamos um merecido banho, ajeitamos as coisas e tratamos de ir ao mercado que fica bem próximo a pousada para comprarmos os mantimentos p/ o jantar e para o café da manhã do dia seguinte.

Olha o rango ou seria “grude”, mas depois de um dia de pedal com as várias subidas que tivemos pela frente, estava muito gostoso, um pouco salgado mas gostoso.

No mercado, Roger como bom vegetariano, olhou, olhou e olhou o freezer para escolher uma lasanha de 4 queijos, mas na hora de pegar acabou errando, rsrs. E o pior é que só percebeu o erro na hora que comeu o 1º pedaço. 

Roger concentrado na manutenção e lubrificação da bike.

Números dos 2 dias de pedal: 161km e 12h 10min de pedal e 18h 10 min de tempo total.
No 3º e último dia da viagem, aproveitamos para conhecer um pouco da Ilhabela, mas sem forçar muito, pois o cansaço começava a aparecer...

Então após uma excelente noite de sono, acordamos um pouco depois das 07:00 da manhã, preparamos o café da manhã e por volta das 08:00 saímos em direção ao centro. 

Esculturas metálicas que ficam ao lado da ciclovia em Saco da Capela.

Praia de Saco da Capela, Ilhabela.

Prédio da antiga Cadeia e Fórum de 1914.

Igreja Matriz de Nossa Senhora da Ajuda, construída em 1806.

O centro é bem pequeno, mas muito bonito, com alguns casarios antigos e bem arborizado e bem limpo.

Não é a toa que Ilhabela é considerada a capital da vela, muitos barcos, muito vento e praias e cenários paradisíacos. 

Após uma passagem rápida pelo centro, voltamos sentido balsa para seguirmos rumo as praias mais ao sul.
E ai voltamos a montanha russa, menor que a do dia anterior, mas muito sobe e desce.

Ilha das Cabras, local privilegiado para os amantes do mergulho e pertence ao Santuário Ecológico de Ilhabela. 

Esculturas metálicas que ficam no posto de informações turísticas na Praia da Feiticeira.

Rua que leva a Cachoeira dos 3 Tombos, dentro de um condomínio próximo a Praia da Feiticeira.

Visual durante a subida para a Cachoeira dos 3 Tombos.
Ao perguntar a uma pessoa que mora numa rua próxima ao acesso que leva as cachoieras, o mesmo após explicar o caminho, nos desejou uma boa sorte com a subida! Achei até que ele deveria estar exagerando um pouco, mas não exagerou não.

Placa dando as boas vindas ao Parque Estadual de Ilhabela e a Trilha Pancada D'água

1º queda ou melhor 1º dos 3 Tombos, c/ mais de 5m.
A água para variar estava com uma temperatura bem agradável, 10ºC... 
O primeiro a entrar na água, como sempre foi o Roger Aquaman, só criei coragem após alguns minutos de adaptação, mas depois que me acostumei, não dava vontade de sair...

Mas como ainda queria conhecer as outras quebras, digo tombos, o jeito foi sair e continuar a trilha.

2º tombo, pequeno e dá acesso a laje por onde escorre a água que alimenta o 1º tombo, e as pedras apesar de estarem secas, pois estava com pouco volume d'água, estavam bem escorregadias.

Voltamos a trilha e após mais alguns minutos avistamos o 3º tombo.

O 3º tombo é o maior de todos, tem mais de 20m de altura, porém não há poço p/ mergulho.

Como já passava do meio dia e o tempo estava ficando meio nublado, resolvemos voltar p/ a pousada e almoçar.

Após o almoço, resolvemos dar uma volta a pé pelo bairro até próximo a balsa e aproveitei para entrar numa loja de artesanato e de lembrancinhas, e como bom turista comprei umas camisetas c/ estampas de Ilhabela como lembrança da viagem... 

Durante essa volta o tempo ficou pior, com mais nuvens escuras e começou a ventar, resolvemos então voltar para pousada terminar de arrumar as coisas e antecipar nossa travessia de balsa p/ São Sebastião, antes que começasse a chover.

Na balsa tinha um grupo de adolescentes e de pessoas mais velhas que ficaram próximas a rampa de desembarque na frente da balsa, bem próximos de onde estávamos, para ter uma visão melhor, pois as laterais da balsa são totalmente fechadas com chapas impedindo a visão, diferente das balsas que fazem a travessia na Baixada Santista. Mesmo antes de iniciar a travessia a balsa já balançava muito, pois o mar estava bem agitado, mas conforme ela ia se aproximando do meio do canal ia ficando cada vez pior, devido as fortes ondas e a criançada estava toda animada com isso, até um determinado momento onde as ondas começaram a ficar cada vez maiores e começou a molhar todos e tudo o que estivesse na frente da balsa e rapidamente todos eles foram p/ trás todos encharcados. Durante algum minutos a balsa balançou muito com as várias sequências de ondas muito fortes, chegou até a dar um certo medo, nunca tinha pego uma travessia de balsa c/ o mar tão agitado como essa.

Após a travessia de balsa, em terra firme são e salvos.

Chegamos em São Sebastião as 16:30, passamos em uma lotérica e na rodoviária p/ comprar as passagens e como ainda estava cedo demos uma volta pelas ruas do centro e também aproveitei para comprar uma lembrancinha p/ a minha filha, mas mesmo assim ainda tivemos que esperar um bom tempo no calçadão, com o tempo bem feio e ventando, por sorte não choveu, pois o horário do ônibus era 19:50, e ainda chegou em cima da hora e acabou saindo de lá as 20:00.

Canal 1, Santos... próximo a praia, local onde completamos 200km de pedal.

Chegamos na rodoviária de Santos por volta da 23:50, depois de um pinga pinga danado do ônibus, parando em tudo quanto é lugar, tiramos as bikes do ônibus e partimos para as nossas casas rapidamente para aproveitar que a chuva tinha dado uma pausa.
Ao todo foram 205km em 3 dias, passando por lugares maravilhosos e vencendo as dificuldades do caminho e as nossas limitações, mas a satisfação de ter objetivo conquistado é muito boa e não tem preço, pena que não tivemos tempo disponível para ir mais longe, mas devido a essa falta de tempo, quem sabe não nasce um novo sonho de viagem... 

Gostaríamos de agradecer:

A Deus, por termos completado a nossa viagem sãos e salvos e sem nenhum problema ou susto.

Nossas esposas por terem compreendido o nosso sonho e nos concedido os alvarás.
Ao Camping Camburi e Chales Xibayka por nos terem recebidos tão bem e com muita simpatia.
A Litorânea Transportes, por terem transportado as bikes, sem ter feito restrição ou exigência alguma.

E aos amigos do fórum que tiveram a paciência de ler todo esse extenso e monótono relato.

Editado por vini-sv - 23 Jul 2009 as 23:01

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