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Sampa a Aparecida em 2 partes

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caolhobr Ver Drop Down
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Cadastrado em: 29 Jul 2012
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    Postado: 31 Out 2015 as 19:17
de São Paulo a Aparecida em 2 partes: até Taubaté e depois de Taubaté até Aparecida

Parece besta a viagem mas é um feito pra mim, existem dezenas de tópicos sobre ir para Aparecida mas postei pra compartilhar
algumas dicas que possam ser úteis, já que aprendi muito com o pessoal daqui.

Sobre mim: passei dos 40, chassi de grilo, hipertenso com histórico familiar não muito favorável, médico preocupado mandou o
de sempre, dieta e exercícios, como sou o preguiçoso da família fui andar de bicicleta, já que correr afeta meus joelhos e nadar é
meio difícil sem pagar.
Sempre gostei de bicicleta, a sensação de liberdade e vento no rosto, junto com silêncio do rodar me dá muita alegria.

sobre a bicicleta: já adulto tive 2 bicicletas Caloi antes, mas ficaram de cabide depois de experiências no trânsito(ônibus/carro),
comprei essa b'twin 5.0 na Decathlon depois de recomendação no tópico "Vai iniciar no pedal..." e adorei ela, conhecendo o uso
e limitações está de bom tamanho pra mim, está praticamente original, só troquei os pneus e sapatas de freio pelo desgaste dos
originais, coloquei suporte de garrafas, bagageiro, tubo refletivo nas rodas, espelho maior, apoio central e tirei blocagem do
selim/roda dianteira, pra evitar roubos. É pesada mas já acostumei, o foco é andar e chegar, tenho ela a 3 anos.

sobre a bagagem: aqui o que levei, nesta hora eu sabia que na Ayrton/Carvalho Pinto não teria apoio na estrada(postos/lanchonetes),
e esperava terminar em 1 dia a viagem, por isso me preocupei em lanches rápidos e ferramentas, além da água, já tinha a experiência
de ir pra Mogi das Cruzes e fui afobado, fiquei sem água na metade do caminho, e na Dutra-Mogi também não tem apoio.

mochila, sacos plásticos de 100 litros(para embalar ela se não achar papelão e colocar no ônibus) e de 5 litros(lixeira), bolsa de guidão,
2 caramanholas de 700ml/710ml térmica(pensei em levar o pet 2 litros mas o tempo estava nublado), corrente, elásticos para carga,
corta vento, bandana(não precisei mas no sol a pino protege do sol nos buracos do capacete), lanterna/luz traseira, velocímetro,
controle do portão, caixa de tic-tac com sabonete, fita pra embalagem, chave multifunção(com alicate pra tirar os fios que entram no
pneu), lenço de papel/antisséptico/toalha umedecida/esparadrapo/luva hospitalar/gaze/remédio, comida(2 bolachas salgadas/2 barrinhas,
2 chocolates/2 bananinhas/chiclete/1 água de côco), luneta para ver mais longe, bomba de ar, ferramentas, canivete, 2 câmaras.

Vestimenta tudo Decathlon: camisa, bermuda com bermuda interna com forro, luvas gastas, manguito(pra mim é melhor que protetor solar)

a viagem pra Taubaté 18/10/2015: a minha intenção era sair as 5:00 e descansar 10 minutos a cada 2 horas, esperava chegar em Aparecida no final da
tarde nesse ritmo, peguei a av. Vergueiro/Liberdade/Rangel/Celso Garcia/Salim Sarah Maluf/Tietê/Parque Ecológico Tietê/Ayrton Senna,
nesse ritmo já foi 30km, a cidade é o próprio município. Fora a marginal Tietê, onde o trânsito é louco 24 horas, foi tudo tranquilo, o
parque do Tietê é um oásis aqui, plano, muito verde e tranquilo, algumas pessoas ainda dão bom dia, se não fosse tão ruim de chegar
de onde moro eu ia todo dia, sei que o entorno é complicado como na ciclovia do rio Pinheiros mas é o que temos.
Não sei se é normal mas toda a viagem foi com vento contra, na subida o morro protegia, mas na descida vinha bem no peito.
No domingo do dia 18 o céu estava nublado e frio, por isso não gastei muita água e nem desgastei demais o corpo com o sol, fui num bom
ritmo de 22km/h a 30km/h nesse primeiro trecho, já chegando no pedágio perdi o ritmo, muito carro a 80 por hora e a cancela disponível era
a central, 5 minutos perdidos e passei direto, a partir daí só subindo e descendo, quem já andou por ela conhece, nada desafiador, o mesmo
que subiu vai descer logo depois, no segundo pedágio é horrível passar, é menor o espaço e a guarita disponível de novo era a do meio,
mas quando passei parece que acionou o alarme de veículo não pago, cumprimentei duas 2 moças que mandaram seguir e pronto, dessa
parte chegou no túnel e veio o primeiro pneu furado, dentro tinha uma equipe trocando lâmpadas e entrou um fio torcido e logo quando sai
já senti pesar a pedalada, qual minha surpresa que não consegui tirar os parafusos do pneu traseiro, quando mandei instalar o bagageiro o
mecânico apertou tão forte que minha chave quebrou, tentei usar a da chave canivete e entortou, totalmente desanimado parei pra esfriar a
cabeça e depois resignado fui empurrando, faltava uns 8km pra saída de São José dos Campos, me arriscando tentei encher o pneu e usar
nas descidas, não tirei fotos a partir daí, faltando uns 5km veio o momento de solidariedade, chegou uma turma de mtb de SJC e pararam
para me ajudar, como ninguém tinha chave de boca veio a idéia de só botar um remendo pra aguentar até trocar o pneu, roda pra cima, acha
o furo, remendo e enche de novo, na minha cabeça quente tinha esquecido que podia usar isso, agradeço imensamente a turma de SJC pela ajuda.
De novo em cima fui pedalando mas antes de chegar ao Frango Assado furou o pneu da frente, já sabendo o que fazer, roda pra cima e remendo,
o frango estava cheio e não vi local ou segurança de trancar a bicicleta sem riscos, amarrei na cerca do transformador e só fui no banheiro, tinha
muita gente e atendimento ia demorar, pensei em desistir e pegar ônibus em SJC pra sampa, mas pelo apoio recebido antes tinha prometido
seguir em frente, sigo para Taubaté e o ritmo já cai demais, 7/9km na subida, 15/18km na descida, começo a sentir o corpo destruído mesmo,
se tivesse sol já tinha desistido faz tempo mas como sei que não tem apoio a única opção é seguir em frente, na altura de Caçapava Velha existe
um posto de apoio(combustível e lanchonete) chamado Olá, não vi comentário aqui, mesmo esquema do frango, banheiro na entrada, ambiente
chique para os motoristas/motociclistas pagarem caro, pedi um café com leite e foi um manjar dos deuses, depois de muita subida e descida chego
perto de Taubaté, mas antes de entrar na cidade a rodovia se afunila pois estão fazendo obras no acostamento e via da direita, então não tem
acostamento e tem que dividir as 2 vias restantes com veículos, nas curvas ela vira 1 só e aí passei preocupação pois estava cansado, cheguei por
volta de 17:00 em Taubaté e pensei em ir pra Aparecida, mas depois de 1000 metros na Dutra desisti, mesmo domingo à tarde era intenso com
caminhões e carros disputando cada metro da via, perguntei pela rodoviária, pessoal muito solícito me ajudou com bastante indicação e peguei
ônibus da Pássaro Marrom pra sampa, a bicicleta o motorista abriu o último bagageiro e mandou colocar ela deitada e pronto, sem problemas.
Fim de sampa-Taubaté

a viagem de Taubaté pra Aparecida 25/10/2015: peguei ônibus da Pássaro Marrom às 7 de domingo e cheguei por volta de 9, abasteci as garrafas
e peguei a Dutra, como recomendado pela própria concessionária fui na contramão, mas de manhã estava tranquilo o trânsito, logo na saída fica
a ponte com cerca de 800 metros que não tem acostamento, você precisa olhar lá atrás uma brecha entre caminhões pra passar, mesmo com
ritmo peguei 3 caminhões na ponte mas eles me viram e se afastaram, sabem que tem romeiros na contramão, a estrada é no mesmo ritmo da
Ayrton/Carvalho, o que sobe você vai descer, como estava descansado e esperava terminar no máximo em 3 horas rendeu a pedalada, por qualquer
lado você vê posto de abastecimento ou bares/lanchonetes, precisando parar é só escolher, tentei fotografar algumas paisagens mas não tinha
beleza pra isso, e na pressa tirei uma foto da serra no fundo e não percebi o trilho de trem bem do lado. Poucos comboios de ônibus/carros/motos
pra meu destino e vamos andando, aproveitando que também estava nublado. Vi alguns ciclistas em comboio/sozinhos e poucos romeiros a pé.
Cheguei a entrada da cidade em 2:40hrs, mas uns 20 minutos até ao estacionamento, passando o portão logo na direita fica local pra bicicletas,
motos, cavalos, etc, tem suporte pra prender e precisa levar a corrente, fica um segurança guardando e me pareceu bem seguro, mas tinha carros
de apoio pra quem veio em comboio e eles guardavam perto dos carros as suas bicicletas.
Na Matriz fazer o passeio: ouvir pedaço da missa, acender vela, passar na imagem da santa, doação, lanche na Casa do Pão, comprar fitinhas.
Tentei ir no aquário, mas tinha fila de crianças gritando e pulando, e da frente dá ver os peixes, então não valia a pena, banheiros bem cuidados mas
claro com a alta frequência é só pra aliviar, pegando a avenida da saída do estacionamento é só ir pra direita por uns 2km e chega na rodoviária,
ali voltei a realidade depois da boa manutenção da Matriz, lugar sujo, mal cuidado, cachorros indo e vindo, me distrai por 10s e menino de 4 anos
destruiu minha lanterna traseira, os pais ficaram dando bronca no moleque e nem pediram desculpas, como já estava cansado e na paz sentei e ri.
Peguei ônibus do passarinho e voltei realizado por terminar uma viagem.

Agora é ir pra Mogi das Cruzes e terminar até Bertioga, mas antes preciso fazer revisão completa da magrela, as rodas estão desalinhadas, câmbio
e movimento central barulhento, já rodei cerca de 3500km com ela, etc.

-novamente agradecer a todos do fórum pelas dicas do que fazer e principalmente, o que não fazer.
-agradecimento ao pessoal de mtb de São José dos Campos que parou pra me ajudar.
-ao pessoal que cuida da Matriz, super bem cuidada, limpa e sinalizada.
-a equipe da Pássaro Marrom que comigo foram bem solícitos e educados.

criei um álbum com 20 fotos, algumas selecionadas estão aqui:

minha magrela:


o que levei na mochila/bosla de guidão:


Parque do Tietê:


árvore do tropical:


fiquei com aquela inveja boa, mas depois pensei se é legalizado ou invasão:


ponte logo na saída de Taubaté em acostamento, contado com boa vontade na contramão:


o que sobe vai descer, sempre no mesmo ritmo:


destino completado:
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csrocha Ver Drop Down
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Cadastrado em: 09 Jul 2013
Guará I - DF
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Opções da Mensagem Opções da Mensagem   Agradecimentos (0) Agradecimentos(0)   Citar csrocha Citar  ResponderResponder Link direto para este Post Postado: 31 Out 2015 as 19:48
Legal teu relato. Viajo com bike nada top, uma Caloi Comfort. Duas observações:

1. Evite andar na contra-mão. Só faço isso quando tem terceira faixa em pista simples, e o acostamento desaparece;

2. De Taubaté até Aparecida, preferi usar a Estrada Velha, que vai paralela à Dutra e tem bem menos movimento, muito usada por peregrinos tanto a pé como de bike. Achei mais segura, apesar de ser de pista simples.

Mas é assim que se viaja de bike: o que importa é a viagem em si. Coloca blocagem nas rodas, que não vai ter mais dor-de-cabeça com porcas muito apertadas. Quando amarrar a mesma em algum lugar, passe o cabo ou corrente pela roda dianteira e quadro, evitando assim a facilidade de levarem a roda dianteira.

E continue cicloviajando, isso é muito bom.

Ah, e fotografe mais...





Editado por csrocha - 31 Out 2015 as 19:49
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caolhobr Ver Drop Down
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Cadastrado em: 29 Jul 2012
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valeu pelas dicas, novato sempre pega caminho mais curto :)

esqueci de postar o link do álbum:

http://imgur.com/a/Y7oA1 - http://imgur.com/a/Y7oA1

abraços
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Texmau Ver Drop Down


Cadastrado em: 23 Jul 2016
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Amigo, muito bom seu relato. Vou fazer minha viagem e queria saber se existe algum grupo que faz a viagem, no qual eu poderia me inscrever e ir junto (para evitar ir sozinho)
Abraço.
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Osvaldo de Souza Ver Drop Down
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Cadastrado em: 09 Ago 2008
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Parabéns pelo passeio, e como disseram muito cuidado na contramão não utilizar somente em casos extremos ok!
 
Quanto a sua primeira foto no parque do Tietê " AVISO À TODOS " evitem ao máximo passar sozinho naquele local pois é ponto de constantes assaltos Eu já fui assaltado Exatamente ali e muitos outros também ; Embora seja " aparentemente " tranquilo não se engane os bandidos ficam escondidos nas moitas só esperando os desavisados. Se for passar oriento sempre em galera ou utilizar a rodovia quando passar o Centro de treinamento do Corinthians ok.
Viva intensamente cada segundo de sua vida!
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