Impressões - Specialized Diverge A1

A 10 dias atrás troquei minha Trek Marlin 7 por uma Specialized Diverge A1. Vou apresentar minhas primeiras impressões desta “gravel” bike, categorizada como endurance road, mas também com aptidões off road. Mais infos no site do fabricante:

https://www.specialized.com/br/pt-br/bikes/road/diverge - https://www.specialized.com/br/pt-br/bikes/road/diverge

No dia 10/07 finalizei o Audax Curitiba 200km com certa tranquilidade com a Marlin com pneus slick 700x38. Desde então botei na minha cabeça (rsrsrs) que o meu mundo é das roads, definitivamente. Peguei a mountain bike para rodar mais na cidade, pela sua resistência a pancadas, já que meu trecho para o trabalho (19km) é com trânsito complicado (subir e descer guias), trilhos de trem, lombadas, e todo tipo de sujeira no asfalto. Além de cachorro pra mais da conta, rsrsrs. Mas realmente as mountain não são para mim, já que nos fins de semana estou pedalando na estrada, desde o início da preparação para o Audax. Não peguei 1m de estrada de chão.

Como a Trek estava nova, sabia que iria perder dinheiro, seja vendendo particular, ou dando como entrada em uma road. Mas era a negociação, eu não estava com condições de ficar com as duas bikes, além da confusão com a mulher. Surgiu uma oportunidade aqui em Curitiba, numa loja com ótimo atendimento (Dias Bike), a possibilidade da troca, com pouca perda (em virtude do que vi por aí), por uma Diverge A1 (básica). Mesmo sabendo das limitações desse modelo de entrada, como o grupo Claris, e o preço elevado (todas estão...), fiz várias pesquisas e cheguei a conclusão que esse era um dos modelos que iria se encaixar no meu trajeto diário para o trabalho, e para as estradas de fim de semana. Freio a disco, geometria endurance, mais conforto, resistência (gravel...).

Essa questão de geometria e conforto para mim é fundamental, já que tenho uma hérnia na região lombar que às vezes me incomoda, apesar de eu fazer pilates para fortalecimento. Mas não consegui me livrar 100%, e acho que nem vou conseguir. O negócio é manter sob controle. Logo, as bikes com características somente para road, sem algum conforto a mais, estavam descartadas das minhas opções.

No domingo (11/07) saí, todo animado, após muita chuva (pela manhã), para experimentar a máquina na cidade. Dá-lhe canaleta e Linha Verde, rsrsrs. Cara, que máquina. Fiquei muito animado com o desempenho e facilidade. Estava preocupado com as subidas, já que a relação era mais “pesada” que da mountain. Mas, que nada, sobe que é uma beleza. Sinceramente, é outro mundo. Não sei como fiquei tanto tempo sem ter vontade de experimentar uma speed. Acho que medo da postura mesmo. Aliás, por falar em postura, essa é fundamental. Na Diverge ela já é mais elevada do que numa road normal, mas inverti a mesa e ficou melhor ainda (para meu uso). Única coisa que me incomodou foi o pescoço, principalmente quando em posição mais aero. Mas, no momento, após quase 300km rodados, já não me incomoda mais. Basta alguns alongamentos e boa. Região lombar sem stress, sem dor.

Seguem alguns itens que observo:

- Grupo Claris: muitos falam mal, principalmente com relação ao espaçamento grande entre marchas. Realmente, isso é fato, existe mesmo. Mas, para quem não quer competir ou algo parecido, atende muito bem. Até dá para fazer umas provas por aí, de brincadeira, rsrsrs. No uso normal, não tenho do que reclamar. Está bem regulado ainda, apesar das ruas que passo serem bem complicadas.

- Freios da disco: não tenho condições de comparar com freio de road normal, já eu nunca usei. Comparando com um freio a disco mecânico que eu possuía numa bike mais antiga, fica na mesma condição. Esse freio é de muito mais qualidade do que eu tinha usado (Jagwire, TRP Spyre dual pivot), porém a frenagem  no STI é mais difícil do que no manete comum de mountain bike. Já na Trek estava com freio hidráulicos. Aí não tem comparação, os hidráulicos são muito macios, com a contrapartida de serem mais baixos.

- Conforto e geometria: a bike é muito confortável, dentro da sua proposta. Já fiz pedal de 3 horas, sem dor alguma. Esse item para mim era fundamental, pelas mazelas da vida. Fica a dica do bike fit. Na troca, ainda ganhei o bike fit da loja. Somente o bando que estou me adaptando ainda. O da Trek era superior, pelo menos assava menos, rsrsrs.

- Guidão: achei o tamanho ideal para mim, aliás, ficou como sugeriu no bike fit. A fita é extremamente confortável, com espessura maior do que vi nas outras roads.

- Rodas e pneus: não tenho comparação com outras roads, para mim está ótimo, rsrsrs. Tenho batido recordes atrás de recordes nos seguimentos do Strava, hehehe. Os pneus de origem são Specialized Espoir Sport 30mm, atendendo bem a proposta de desempenho com conforto.

Basicamente são essas as informações. Ainda não testei ela em estradas de chão, já que realmente não é meu perfil. Mas nesse fim de semana tem uma prova aqui na região metropolitana, chamada de Revezamento das Nascentes, com total de 108km, com grande parte em asfalto, mas maior parte em estradas de chão. Estou querendo encarar, de clandestino, só para sentir ela nessas estradas. Apenas gostaria de colocar uns pneus de ciclocross 35mm, mas meu orçamento já foi. Vou com os originais mesmo. Caso eu faça essa prova, depois atualizo o tópico. Link da prova: http://www.curitiba.pr.gov.br/conteudo/xii-corrida-de-revezamento-das-nascentes-do-iguacu/2795 - http://www.curitiba.pr.gov.br/conteudo/xii-corrida-de-revezamento-das-nascentes-do-iguacu/2795

Isso aí, pessoal. Fico a disposição para esclarecer quaisquer dúvidas dos colegas, desde que estejam ao meu alcance. Seguem umas fotos da minha bike: