Durante todas as etapas da World Cup, a categoria Sub-23 foi super disputada. Sem favoritos, a última a etapa é que vai decidir o campeão da copa. E três deles estão no páreo.
Enquanto não realiza esta última etapa, o mundial chegou com as mesmas dúvidas. Até a realização da prova, quatro pilotos eram favoritos: Nino Schurter (Suíça), Jakob Fuglsang (Dinamarca) Jaroslav Kulhavy (República Tcheca) e Max Plaxton (Canadá).
Dos 93 pilotos que largaram, dois deles eram os favoritos: o suíço e o dinamarquês.
O brasileiro Daniel Avelar também disputou a prova.
Vejam como foram as disputas!
:: Primeira volta
Nino Schurter disparaou puxando o pelotão. Rene Tann (Alemanha) e Jakob Fuglsang estavam na sua cola até o topo da subidona. Max Plaxton estava na 12ª colocação.
Até completar essa volta, Schurter era o primeiro e já colocava 21 segundos em cima de Fuglsang. Um pelotão formado de quatro atletas vinha atrás com 56 segundos: Rene Tann, Jaroslav Kulhavy, Daniel McConnell (Austrália), Jan Skarnitzl (República Tcheca).
E outro pelotão com 1:13s com Plaxton, Burry Stander (África do Sul), Jiri Friedl (República Tcheca), Ian Bibby (Inglaterra). Os demais atletas atrás.
:: Segunda volta
Schurter recebe um ataque de Fuglsang na subidona. A diferença agora são de 15 segundos. O pelotão que vem atrás está indefinido com 1:55s de diferença dos primeiros colocados. Diversas trocas de posições acontecem nessa volta com Tann, McConnell e Plaxton. Seguidos por McConnell, Lindgren (Suécia), Kulhavy, Friedl, Skarnitzl e Flueckiger (Suíça).
Essa volta ficou marcada pelo trabalho dos mecânicos. Vários atletas tiveram problemas nas bikes devido os excessos de lama do circuito. O box da Shimano está lotado e ninguém sabia o que fazer.
No final da volta, Plaxton tem problemas na sua roda e cai para 10ª posição. Depois teve problemas com o freio traseiro.
:: Terceira volta
Queda de rendimento de Schurter ou recuperação de Fuglsang?
Ninguém sabe, mas a diferença agora caiu para cinco segundos.
O pelotão que vem atrás muda de pilotos e agora passa a ter 3:20s de diferença: Kulhavy, Dariusz Batek (Polônia) e Jiri Friedl (República Tcheca).
A briga esquenta lá na frente. O dinamarquês faz uma ultrapassagem no suíço no final da volta. A galera vai a loucura. Os dois passam a pedalar juntos.
:: Quarta volta e última volta
No começo da subidona, Schurter assume a ponta novamente, mas Fuglsang está “comendo sua roda”.
O centro das atenções passa a ser os dois. As equipes começam a entrar em ação com as dicas de estratégias. Falta pouco! Fuglsang nesse momento aparenta estar muito melhor fisicamente.
Os atletas da República Tcheca: Jiri Friedl e Jaroslav Kulhavy; brigam juntos pela terceira posição. Ambos isolam o polonês Dariusz Batek. Esse trio não ameaça os líderes. Todos estão com 3:30s atrás. Stander e Lindgen estão na sexta e sétima colocação com 15 segundos do pelotão.
Nino Schurter tenta defender o título de qualquer forma. Mas seu rendimento começa cair e Fuglsang dispara na frente. A dupla tcheca recebe instruções da equipe de que Nino não está bem. Então a dupla passa a sonhar com a dobradinha.
Mas foi apenas um sonho. Eles não conseguem alcançá-lo. Nino mantinha uma distância relativamente boa para o título de vice-campeão. Pois a prova se concretizava naquele instante. E depois de 42.8km, com a velocidade média de 22.51 km/h, o dinamarquês fatura o tão sonhado título do mundial.
Resultados:
1. Jakob Fuglsang (Dinamarca) 1:54:04
2. Nino Schurter (Suíça) + 1:43
3. Jaroslav Kulhavy (República Tcheca) + 3:20
4. Jiri Friedl (República Tcheca) + 3:24
5. Dariusz Batek (Polônia) + 3:58
6. Burry Stander (África do Sul) + 4:25
7. Patrik Gallati (Suíça) + 4:40
8. Emil Lindgren (Suécia) + 4:51
9. Jan Skarnitzl (República Tcheca) + 5:04
10. Daniel McConnell (Austrália) + 5:46
70. Felipe Avelar (Brasil) – 2 voltas
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